Nunca espie

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  " Tori sempre tenta manter um laço com o pai, mas ela sempre disse que é difícil."  

Jade, Tori e David estavam conversando na universidade e Beck passou por perto falando no celular com a namorada.

- Eu sei, Liz. - Beck disse - Eu tenho que desligar, eu vou para aula.

Tori suspirou olhando para Beck se afastando, Jade não gostou nenhum pouco da reação da amiga, mas não foi a unica que notou. David havia notado a expressão de Tori.

- É sério que você está agindo assim? Eu ainda nem acredito que nunca me contou sobre ele está fazendo o curso aqui. - Jade estava irritada - Você sabia disso?

- Sim. Eu o vi quando eu comecei o curso. - David admitiu - Mas, ela já sabia.

- A Cat me contou que ele estudaria aqui, mas eu nem importei porque ele e a Liz estavam ficando. Eu só o vi pessoalmente este ano.

- Então, por que suspirou? - David perguntou

- Pela primeira vez concordo com ele. - Jade apontou para David - Se você não importa, por que suspirou? - Jade cruzou os braços

- Beck continuou namorando com a Liz que se mudou para outra cidade.

- Como se sente com isso? - David perguntou com olhar compreensivo

- Eu me preocupo dele fazer algo por impulso e se arrependa depois. Só isso que me preocupa.

Jade revirou os olhos e bufou.

- Você é uma ótima amiga, mas lembre-se que isso é decisão dele e não sua. - Jade olhou bem no fundo dos olhos da amiga - Aceite logo isso, Tori.

- Dessa vez, eu terei que concordar com a Jade. - David suspirou, não gostava muito de concordar com Jade

Primeiro porque Jade achava ele muito para Tori. Não confiava na amizade dos dois.

- Viu? Até a criança concorda comigo. - Jade tocou no ombro de David

Tori suspirou olhando para cima.


Tori estava no computador escrevendo textos para página de Mariposa quando ouviu seu nome ser citado. Ela não entendia o que era, porque as vozes estavam muito baixa quase um sussurro e sabia que eram seus pais. Então, resolveu descer.

Ela desceu a escada nas pontas, mas não chegou no chão da sala não queria que os pais a vissem ainda. Os pais dela estavam no sofá conversando.

- Por que não é parecida com a Trina? - senhor Vega disse com uma expressão de decepção

- Porque elas são diferentes? Querido, elas podem ser irmãs, mas isso não quer dizer que elas serão muito parecidas. - senhora Vega sorriu fraco

- Tori é tão... - ele suspirou - sonhadora. Nunca está pronta para o mundo real.

Tori escutava com atenção e sentou na escada.

- Eu sei que ela é assim, mas é o jeito dela. - senhora Vega segura mão do marido - É o que deixa ela unica.

- Unica sem amigos. O mundo é cheio de perigos e ela ainda parece uma adolescente.

" É assim que me vê? Nunca cresci pra você? Talvez seja para todos, me vê como uma adolescente." - Tori pensou

- Você acha que ela é uma estranha e infantil? - esposa perguntou

- Eu sei que você pensa a mesma coisa. A Tori não é a Trina.

Tori subiu correndo para o quarto. Ela olhou em volta e viu o presente embrulhado em uma caixa simples ao lado da mesa, aquele vaso com rosas falsificadas para decoração do quarto dos pais, com uma carta parabenizando o pai. Tori pegou o presente, mas antes que saísse da casa olhou para espelho no fim do corredor.

- Eu nunca vou poder ser a Trina. - ela disse - Desculpa, mas não posso fazer isso e não devo.

Tori voltou para o quarto e pegou a chave da moto.


- Onde pensa que vai? - mãe de Tori perguntou

- E com essa caixa. - pai completou apontando para caixa

Tori olhou para caixa e suspirou.

- Eu daria para uma pessoa, mas me decepcionei e decidi dá para outra pessoa. - Tori olhou para eles - Seria muito imaturo da minha parte quebrar ou simplesmente jogar fora o presente. Tem gente que merece algo melhor.  - Tori forçou um sorriso

Talvez, eles nunca entenderiam o que ela quis dizer.

Tori foi no estacionamento para pegar a moto e amassou o bilhete e jogou no chão de raiva.

" Para melhor pai do mundo mesmo que não damos bem, eu sempre vou te amar independente de tudo."

Ela colocou o presente dentro da mochila e foi em direção a casa de David. Ela sentia que aquele é lugar que merecia o presente, mas não entregaria pessoalmente. Tori escreveu um bilhete: "Sempre que tiver triste, olhe para essa flor porque ela estará refletindo a beleza e alegria de quem olha. De: Tori Vega."

Tori colocou o presente em frente a porta e tocou campanha, se escondeu para ver quem pegaria. Quem atendeu foi a mãe de David, ela olhou o bilhete e sorriu. Isso fez com que Tori sentisse bem.

- Você nunca estará sozinha. - Tori sussurrou

Tori aprendeu que não compensa ouvir as conversas dos pais pela parede ou se arrependerá. Ela andou de moto sem rumo pela cidade.

I'm not just a pretty girlOnde histórias criam vida. Descubra agora