Piper

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SE NÃO FOSSEM OS CAVALOS, PIPER TERIA MORRIDO. Jason e Percy avançaram um no outro, mas Tempestade e Blackjack resistiram tempo suficiente para Piper poder pular para fora do caminho.

Ela rolou para a borda da estrada e olhou para trás, confusa e horrorizada, como os meninos brandiram as espadas, ouro contra bronze. Faíscas voaram, suas lâminas eram borrões – atacando e bloqueando – e o chão estremeceu. A primeira troca de golpes levou apenas um segundo, mas Piper não podia acreditar na velocidade que ambos manejavam as espadas, os cavalos se afastaram um do outro – Tempestade trovejando em protesto e

Blackjack batendo suas asas.

— Parem com isso! — Piper gritou.

Por um momento, Jason ouviu a voz dela. Seus olhos dourados se voltaram a ela e Percy avançou, batendo a lâmina em Jason. Graças aos deuses, Percy torceu sua espada, talvez de propósito, talvez acidentalmente, de modo que a parte chata da lâmina bateu no peito de Jason, mas o impacto ainda foi suficiente para derrubar Jason de sua montaria.

Blackjack galopou para longe e Tempestade empinou confuso. O cavalo espírito da tempestade investiu através dos campos de girassóis e dissipou-se em vapor.

Percy se esforçou para acalmar seu Pégaso.

— Percy! — Piper gritou. — Jason é seu amigo. Largue sua arma!

O braço da espada de Percy baixou. Piper poderia ter sido capaz de deixá-lo sob controle, mas infelizmente Jason ficou de pé.

Jason rugiu. Um raio arqueou do céu azul claro. Ricocheteou em seu gladius e explodiu em Percy, atirando-o para fora de seu cavalo.

Blackjack relinchou e fugiu para os campos de trigo. Jason investiu em Percy, que já estava em pé, suas roupas esfumaçando da explosão do relâmpago.

Por um momento horrível, Piper não conseguia encontrar sua voz. Gaia parecia estar sussurrando-lhe: Você deve escolher um. Por que não deixar Jason matá-lo?

— Não — ela gritou. — Jason, pare!

Ele congelou, a sua espada seis centímetros do rosto de Percy.

Jason voltou, a luz dourada em seus olhos cintilando de forma incerta.

— Eu não posso parar. Um deve morrer.

Algo sobre aquela voz... Não era Gaia. Não era Jason. O que quer que fosse falava pausadamente, como se o inglês fosse a sua segunda língua.

— Quem é você? — Piper exigiu.

A boca de Jason se contorceu em um sorriso horrível.

— Nós somos os eidolons. Vamos viver de novo.

— Eidolons...? — A mente de Piper acelerou. Ela tinha estudado todos os tipos de monstros no Acampamento Meio-Sangue, mas esse termo não era familiar. — Você... Você é uma espécie de fantasma?

— Ele tem que morrer — Jason voltou sua atenção para Percy, mas Percy tinha se recuperado antes do que qualquer um deles percebesse. Ele passou a perna e derrubou Jason ao chão.

A cabeça de Jason bateu o asfalto com um conk nauseante.

Percy levantou-se.

— Parem com isso! — Piper gritou novamente, mas não havia charme em sua voz. Ela estava gritando em desespero.

Percy levantou Contracorrente sobre o peito de Jason.

O pânico fechou a garganta de Piper. Ela queria atacar Percy com sua adaga, mas sabia que não iria ajudar. O que quer que o controlasse tinha todas as habilidades de Percy. De forma alguma poderia vencê-lo em um combate.

A Marca de AtenaWhere stories live. Discover now