2.199 days since you left me behind

There's still hope for us.

Já se passaram 758 dias desde que chegamos no espaço. Eu estou cada dia mais ansioso para voltar para casa. Ainda tenho esperanças que Clarke esteja viva, nunca desisti dela. Mas cada dia que passa, eu fico mais preocupado, pois se fosse eu vivendo sozinho lá embaixo, eu ficaria totalmente louco. Será que ela está sã o suficiente para sobreviver na Terra sozinha? Tudo que eu quero é que ela esteja bem.
[Raven bate na porta, e entra no meu quarto]
- Bellamy, você está bem? - Pergunta ela
- Estou sim, Raven! Apenas pensando em algumas coisas, em alguém...
- Clarke? Bellamy, eu já te disse, ela vai ficar bem, eu conheço a Clarke, ela é forte. Vai passar por isso com o queixo erguido, como sempre conseguiu.
[Eu solto uma risada sem graça, enquanto um flash de memórias de Clarke passa na minha cabeça.]
- Eu sei que ela vai. Mas eu estou preocupado... Raven... eu... eu nunca tive coragem de contar para ela como eu me sentia, eu não quero aceitar o fato de que ela pode ter morrido sem ouvir como eu me sentia. Isso é um pesadelo!
- BELLAMY!! Clarke vai ficar bem! Você vai ter a chance de contar para ela tudo o que sente daqui a algum tempo. Você precisa ficar calmo por enquanto, não é tão simples assim, não tem como voltarmos para a Terra amanhã, você vai ter que esperar, sinto muito.
[Ela sai do quarto, fechando a porta e me deixando sozinho]
Eu levanto da minha cama, e fico parado em frente a janela, encarando o lugar que eu deveria estar nesse momento, com a pessoa que eu amava - na Terra. Fico parado ali por alguns minutos, e sinto meus olhos se encherem de lágrimas ao lembrar de Clarke. Quando de repente eu escuto um ruído estranho. Minhas pernas tremeram, junto com o resto do meu corpo quando eu percebi que o ruído vinha do rádio que estava em cima da minha escrivaninha desde o primeiro dia, o rádio que eu usava para tentar falar com Clarke. Primeiramente, eu achei que estava louco, escutando coisas. Mas quando eu chego mais perto, realmente estava saindo algo daquele rádio, uma voz doce, cansada e que eu reconhecia de muito tempo - era Clarke, ela estava viva.