VI

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Comecei a tremer, chorei, meus batimentos aumentavam a cada segundo, apertei a mão dele, e acenei com a cabeça enquanto sorria emocionado com o momento, ele encostou no meu ombro e não soltou a minha mão até descermos, Nos beijamos quando ele inclinou a cabeça para cima para que não percebessem, afinal, eu mesmo tinha muito medo de apanhar na rua por amar alguém, descemos um ponto antes e fomos andando até o apartamento do meu pai, ele olhava para mim e sorria Ah! Aqueles olhos! Aquele sorriso perfeitamente simétrico com dentes brancos e reluzentes, subimos as escadas, entramos no elevador e por coincidência meu pai estava lá, foi quando começou o interrogatório.
-Quem é esse garoto? O que ele faz aqui?
-Calma pai, ele é um amigo, da escola, estávamos em uma festa, os pais dele estão viajando e ele perdeu a chave de casa, como ele mora um pouco mais longe daqui, chamei ele para passar a noite, e amanhã de manhã vamos ao chaveiro, tudo bem para você?
-Ah filho, Mas é claro! E você meu garoto, como se chama? Por favor me perdoe pela ignorância, estou exausto depois desse longo dia de trabalho, fique à vontade!
-C-claro senhor! Muito obrigado!
Confesso que tive um ataque de riso após isso, entramos no elevador e fomos para casa, e logo que entramos meu pai disse:
-Vinícius, vou indo, tá bom?
-Vai pra onde pai?
-Estou farto de tanto trabalhar, preciso sair e curtir um pouco, e vocês, ficam bem? façam alguma coisa pra comer, se quiserem, podem pedir uma pizza, meu cartão está em cima da geladeira, você sabe a senha, estou saindo!
Falou tão rápido que quase não escutei, mas tudo bem, ele saiu e ficamos sozinhos, eu estava amando isso!

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