Capítulo 02 - Despertar

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Maria Luiza

Confortavelmente deitada, sinto a maciez do local onde meu corpo repousa. A leveza e maciez me proporciona a sensação de flutuar em plumas de algodão.

Às vezes, ouço várias vozes baixas ao meu redor, em alguns momentos parece ser somente uma única voz masculina.

Um bipe incessante soa em meus ouvidos. Não consigo identificar o que é isso e nem onde estou, isso é uma espécie de despertador? Será que eu morri? E se morri, este é o céu? Como faço para silenciá-lo? Pois não desejo acordar deste sono tão relaxado, quero poder dormir por mais tempo.

Continuo sentindo aquela agradável sensação de flutuar. O bipe aparentemente está mais fraco, já não o ouço tilintando forte, não me atrapalha tanto. Um peso na cabeça e em meus olhos me força a mantê-los fechados.

Não tenho noção nenhuma de tempo e espaço, nem por quanto tempo estou neste sono entorpecente, mas há certa rotina em algumas coisas que acontecem ao meu redor.

A voz masculina, por exemplo, eu a ouço com frequência e sinto um agradável cheiro amadeirado sempre que essa voz soa em meus ouvidos — por mais que tente, não sou capaz de saber o que ela diz — assim como o cheiro, um calor também aquece minha mão toda vez que a voz está perto.

Sinto e gosto do seu toque, gosto do seu cheiro.

O bipe ainda está tocando ao fundo, estou curiosa, quero abrir os olhos para saber onde estou, mas ao mesmo tempo estou com medo, não sei se isto é sonho, não sei se estou viva ou morta. E, além disso, não tenho forças por isso permaneço nessa inebriante ircia entregando-me ao sono profundo.



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Leonardo (CENA INÉDITA - VERSÃO AMAZON)

Abro a porta silenciosamente, acompanhando o clima do ambiente, em muitas horas do dia os corredores de hospitais são agitados, mas nesse horário que já passa das dez da noite, o movimento é só das enfermeiras que poucas vezes vão até os quartos para ministrar medicação e conferir os acamados.

Meu dia de trabalho foi exaustivo, encerrei meu turno apenas duas horas atrás e desde então fui reestabelecer o organismo cansado, que passou o dia entre cirurgias e atendimento na emergência, um banho no vestiário aqui mesmo da clínica e um prato de comida do refeitório foram suficientes para me fazer pronto para minha etapa final deste dia. A etapa que aguardei ansiosamente.

— Beth? — toco gentilmente seu ombro. Ela está adormecida no sofá.

— Leo... — murmura despreguiçando-se.

Quando os Caminhos se Cruzam  - [DEGUSTAÇÃO] [COMPLETO NA AMAZON]Onde histórias criam vida. Descubra agora