Depois de todo caminho percorrido e cada um ter ficado no endereço que deveriam, era a vez de Calain.- Valeu, Erick. – disse ele, saindo do carro.
- Relaxa, cara. Amigos são para essas coisas. – Erick respondeu, beijando Michelle.
Dando partida, ele olhou para Calain com um sorriso no rosto ao mesmo tempo em que fazia o motor do carro roncar bem alto. Ele sabia que sua namorada ficaria com raiva e para implicar, cada vez mais o rapaz pisava fundo no acelerador. Michelle morria de vergonha quando Erick dava uma de suas doideiras em público, muitas das vezes ele fazia para implicar mesmo, adorava vê-la com raivinha para depois acalma-la com um beijo lento e suave.
- Para, Erick! – disse Michelle, dando um tapa no braço dele enquanto os dois riam se entreolhando.
- Se cuida, cara.
- Você também, Erick! – virando as costas, Calain foi caminhando em direção ao portão. – Juízo os dois! – o rapaz brincou, e eles riram enquanto Erick acelerava o carro e dava duas buzinadas em forma de "até logo".
O dia estava bonito, os vizinhos saiam para pegar uma praia, alguns com seus filhos e outros com suas pranchas debaixo do braço, porém, Calain estava indo para casa pensar em como iria encarar seu professor na próxima semana. – Vida de universitário não é fácil mesmo. – ele pensou alto, balançando a cabeça em forma negativa.
No interior da casa, já escutava o barulho de Hien fazendo festa, latindo e arranhando a porta, doido para pular em cima de Calain e o lamber como sempre fazia. O rapaz podia sair por dez minutos, mas quando voltava, era sempre a mesma festa.
- Calma, amigão. Estou chegando.
Abrindo o portão, Calain passou pelo quintal cheio de folhas enquanto pegava sua chave. O portão ficava encostado, a vizinhança era tranquila, não tinha assalto, assassinato, nem nada do tipo. Os vizinhos eram gente boa e o conhecia desde pequeno.
- Caramba, essa é a chave da Paola. – ele disse, guardando a chave em um dos bolsos e botando a mão no outro para pegar a sua.
Abrindo a porta, foi recebido com muitos pulos e lambidas de Hien, que corria de um lado para o outro e pulava em cima do rapaz quase o derrubando.
- Mais uma vez você me alegrando, me fazendo rir. – ele falou, abraçando o cão, que de pé estava maior que ele.
O pessoal sempre brincava com Calain perguntando o que ele andava dando para Hien, pois ele estava crescendo cada vez mais. Se fosse um cão raivoso, o rapaz teria que tomar muito cuidado, mas Hien era muito manso, era só dar um carinho que ele se abria todo.
Entrando em casa, Calain se deitou em um dos sofás, jogou sua mochila no outro e sua chave na mesa. Ao ligar a TV, um flash passou pela cabeça do rapaz. Ele se lembrou do sonho e da reportagem na TV, e em seguida, rapidamente começou a trocar de canal para ver se encontrava algo sobre. Enquanto passava os canais, sua cabeça fervilhava em pensamentos, nunca havia sonhado algo daquele tipo, já teve pesadelos, mas nenhum tão forte para o fazer levantar assustado daquele jeito. Por um momento ele pensou: E se isso realmente um dia acontecer? E se foi um aviso? E se eu puder evitar? Mas com 7 bilhões de habitantes no mundo, porque logo eu? Foi ai que começou a rir de si mesmo e foi tirando a ideia da cabeça, mas ao mesmo tempo pensava em como aquele sonho havia sido muito estranho, mas afinal, era apenas mais um sonho como qualquer outro.
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Equilíbrio - Entre o Céu e o Inferno
Fiksi UmumUma batalha épica entre anjos e demônios, vampiros e humanos está para acontecer. Estão tentando acordar um mal que está adormecido há séculos, e que trará destruição para a raça humana. Essa é a história de Equilíbrio: Entre o Céu e o Inferno. Uma...