[2017] 13

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(n/a: menção conteúdo sexual)

Eu anotava freneticamente os tópicos do trabalho que teríamos que entregar, tinha que ser professor de história pra pedir trabalhos mirabolantes cheio de textos explicativos escritos a mão.

-Sei que é bastante coisa mas vou aliviar e colocar vocês em duplas - ele disse e a classe se alegrou - Mistas.

Ninguém gostava de duplas mistas, eu inclusa. Passei a gostar menos ainda quando o professor me colocou com o meu hum... namorado irritante... Suspirei e olhei pra ele que sorria.

-Não é porque você é meu namorado que eu vou facilitar pra você, amore mio - eu falei.

-Nem passou pela minha cabeça - ele respondeu.

Yaku tinha ficado com uma menina ainda menor que ele, tinha se dado bem pois ela era uma das mais inteligentes, o sinal tocou. Era hora do almoço, como todos os dias nós nos reuníamos com o restante do time. Minha mãe tinha mandado um doce com calda de maça, ela já conhecia Kuroo assim como meu pai. Ao contrario do que eu pensei eles não acharam ele com cara de delinqüente e nem nada, meu pai está com aquela coisa de "minha filhinha" e minha mãe adora ele.

Nico insistia em querer ser como Kuroo quando ele crescesse, e claro jogar como meio de rede.

Nem me preocupei em oferecer pra ele minha mãe mandava dois exatamente por saber que ele iria roubar um pedaço do meu.

-Isso é bom - ele comentou.

-É calda de maça - respondi e amarrei o guardanapo de volta no potinho.

-É tão injusto vocês ficarem juntos no trabalho - Yaku reclamou - Eu nunca falei com aquela menina antes.

-Ela é inteligente com certeza você vai tirar uma boa nota - eu disse, Kuroo sentou na ponta do banco e deitou no meu colo, do meu lado Tora reclamou que ele era folgado.

-Disse alguma coisa Yamamoto?

-Não. Nada - ele respondeu.

Eu ri e comecei a mexer no cabelo dele, todos os garotos já tinham se acostumado, até Kenma já não corava mais. Tinha a mão direita no cabelo dele e a esquerda estava pousada no tórax fazendo um carinho na mão dele que estava ali.

Eu conversava com os meninos sobre o acampamento que seria nas próximas semanas, os novatos estavam animados e Yaku contava as histórias e deixava eles com mais vontade ainda de ir.

-Mal posso esperar pra jogar com a Karasuno de novo - disse Inuoka.

-Eu mal posso esperar pra ver a dupla bizarra que Kenma fala - comentei.

O sinal bateu e eu falei pro Kuroo acordar, ele suspirou e levantou. Eu arrumei a minha saia e peguei as minhas coisas, ele passou a mão na minha cintura e fomos andando.

-Você anda muito sonolento esses dias - comentei.

-Não é nada - ele me deu um selinho e sentou na carteira dele.

***

Eu estava sentada na escrivaninha no quarto do Kuroo revisando o trabalho de história, a classe 5 era preparatória e apesar de eu ser considerada estrangeira eles me colocaram nessa classe pelo meu histórico escolar anterior.

Kuroo ainda estava com o uniforme normal, apesar de ter jogado a gravata em algum canto, deitado na cama dele com uma cara pensativa ele jogava uma bola de vôlei pra cima e pegava sem parar.

Estávamos sozinhos na casa dele... e porque ele estava parecendo a droga de um deus grego? Engoli seco e voltei a prestar atenção no papel.

-Hum... - ele virou pra mim e sentou - Já terminou a sua parte?

-Ah... Já depois você da uma lida posso ter escrito algo errado. - falei e continuei encarando.

Ele jogou os braços pra trás e se apoiou tombando a cabeça - Porque você está me olhando como se fosse me atacar?

Tirei o laço e abri uns dois botões da minha camisa - Talvez eu queira te atacar.

Ele abriu os olhos e me encarou logo ele se levantou com a bola na mão e colocou ela no suporte foi até a porta e trancou ela, realmente o verão estava castigando eu estava até com dificuldade de respirar.

Ele pegou a minha mão e me puxou até a cama, ele sentou na beirada e me encaixou no meio das pernas dele eu comecei a desabotoar a camisa dele - Sabe que se não fosse duplas aleatórias eu poderia jurar que tudo isso foi planejado pela sua mente pervertida.

-Você que está desabotoando a minha camisa, não eu - ele sorriu - A propósito estamos desiguais não?

-Nem um pouco - empurrei ele de um jeito que ele deitasse na cama, e engatinhei pra sentar na barriga com uma perna de cada lado. - Que eu me lembre quem ficou em desvantagem da ultima vez fui eu.

Bem... digamos que ainda não tivéssemos consumado o ato mas tínhamos nossas um... brincadeiras por assim dizer. Qual é ninguém é santo.

-Então isso é vingança - ele pegou o meu colar e me levou pra perto do rosto dele.

-Com certeza - respondi antes de beijar-lo, ele subiu a mão direita pela minha perna e enfiou ela dentro da minha blusa pra me apertar.

Voltei a ficar reta e comecei a desabotoar o restante dos meus botões, com isso ele sentou fazendo com que eu ficasse sentada no seu colo, ele passou a mão pelo meu rosto tirando os fios de cabelo que tinha ali.

-Você é linda - ele me disse, eu conseguia ver a paixão e o carinho nos olhos dele, sabíamos aonde tudo aquilo ia terminar, mas saber que ele se preocupava em me deixar confortável era mais do que eu poderia pedir.

Ele se livrou da camisa dele e me puxou pela nuca, nunca que eu tinha encontrado uma boca tão deliciosa nossos beijos antes calmos se tornaram mais urgente e o calor fazia nossas peles clamarem por mais cada vez que entravam em contato. Cada som, cada gemido e cada suspiro que saiam de nossas bocas serviam de combustível e pouco a pouco nós mesmos entramos em combustão.

Ele se enroscava nas minhas curvas e eu seguia cada caminho que os músculos dele me mostravam, cada pedaço e cada rota...

Num último suspiro eu sabia que não tinha mais volta, eu tinha me perdido numa imensidão cor de âmbar e queria mais era me afogar, me afogar em seus braços e suas caricias.

Kuroo soltou o peso dele em cima do meu corpo ainda tremendo, eu me agarrei ao seu tronco sentindo as pequenas gotas de suor molharem os meus braços, aos pouco nossas respirações se tornaram calmas. Eu sentia o ar quente bater na lateral do pescoço quando ele resolveu virar fazendo com que eu ficasse por cima.

Ele se ajeitou de um jeito que pudesse ver meu rosto e eu apenas virei a minha cabeça colocando o ouvido no seu peito de modo que eu conseguisse ouvir seu coração, por longos momentos ficamos apenas assim aproveitando um ao outro sem falar nada.

-Fica aqui. - ele disse baixo me abraçando - Comigo.

-Tetsuro - por algum motivo eu não conseguia falar o nome dele sem enrolar a língua, ele riu - eu já estou aqui... Mas uma hora eu vou ter que voltar pra casa - eu dei risada e me apoiei no meu queixo pra conseguir enchergar seus olhos.

Eu tentei brincar mas eu sabia do que o moreno estava falando, meus pais comentaram vagamente sobre me mandar de volta pra Itália assim que eu terminasse o colégio, eles poderiam ficar aqui mas concordaram que as faculdades na Europa eram melhores.

-Eu não vou voltar pra Itália - falei fazendo um carinho no rosto dele - Cuore è dove la mente è. O coração está onde a mente está...


CF [2017] - (Kuroo x [Nome])Onde histórias criam vida. Descubra agora