Bati meus dedos na mesa meu pai e Fabricio resolveram reunir Fídio e eu pra discutir o que eles tinham combinado, pra isso acabamos indo jantar num restaurante familiar. Só não sabia o que o Kuroo estava fazendo ali no meio.
-Bem... – meu pai começou – Fabricio e eu finalmente chagamos numa decisão em relação a clínica de Tóquio...
-Sim – o italiano continuou – Não achamos um prédio que atendesse a todas as nossas expectativas, mas em compensação encontramos um ótimo terreno e podemos construir da maneira que nós queremos. Como já havíamos combinado antes a clínica vai ficar com Dominic e [Nome] enquanto eu e Fidio ficaremos com a unidade de Miyagi.
Fabricio fez uma pausa e continuou – Mas meu filho idiota ainda é ignorante e inexperiente, por isso Dominic concordou em deixa-lo a ajudar com a construção da clinica aqui. Fídio conseguiu uma boa vaga em uma universidade e deu ideias... Interessantes que poderemos implementar futuramente – ele deu uma olhada pra Kuroo e voltou a sorrir na minha direção.
-Fídio vai arrumar algum apartamento pra ficar nos anos de faculdade – Fabricio disse – Assim como vocês dois devem fazer a mesma coisa.
-Ah, não estamos pensando muito nisso... Ainda temos um tempo. – falei tentando mudar de assunto.
-Você tem a mesma mania da minha mãe – Fidio comentou – Eles nem sabem se vão pra mesma faculdade ainda, para de se meter aonde não é chamado velhote.
Meu pai deu risada – Eles vão se resolver quando chegar a hora... Mas agora vamos festejar as negociações e nos despedir de Fidio e Fabricio que vão embora amanhã pela manhã.
Pegamos os copos e brindamos, entretanto não deixei de perceber o aperto que Kuroo deu na minha mão embaixo da mesa. Apertei de volta para ele saber... Precisávamos conversar.
***
Suspirei, estávamos do lado de fora da minha casa e nenhum de nós disse qualquer coisa.
-Kuroo...
-Herm... – ele coçou o pescoço – eu não sei como começar.
-Então não começa.... Você não precisa se sentir forçado e nem nada. Por mais que nós estejamos te envolvendo na família cada vez mais você não tem responsabilidade nenhuma com isso e nem eu ou meu pai vamos te cobrar de alguma coisa.
-Eu sei disso – ele resmungou – e que... Eles estão tratando isso... Quero dizer, nós dois como se fosse uma coisa que vai durar para sempre. E por mais que eu agora queira que isso seja verdade eu não sei se é o que vai acontecer... E se você quiser me deixar? E se você para de me amar?
-E ainda tem a faculdade que eu achei que tinha decidido mas não sei se tenho certeza, meus pais estão pegando no meu pé, as semi finais chegando e o time exigindo cada vez mais.
Peguei o rosto dele nas minhas mãos – Respira... Quem costuma perder a cabeça pelas responsabilidades sou eu, você que é a parte racional desse relacionamento. Lembra do que você disse pra mim? Vamos deixar isso mais para frente não precisamos decidir nada agora.
-A única coisa que precisamos agora fazer é vencer da Fukurodani e garantir nossa vaga no nacional. Afinal não podemos desapontar nossos rivais fatídicos, não é? E outra você já me pediu em casamento antes não é como se fosse se livrar de mim tão fácil.
Ele riu e colou a testa na minha – Não vou retirar o pedido e tão pouco quero me livrar de você... Você tem razão temos outras prioridades no momento. Falando nisso e a trupe dos rebeldes sem causa?
-Argh, nem me fale daqueles pestinhas, você acredita que o...
Durante vários minutos ele escutou o que eu tinha a dizer sobre Nico e os amiguinhos deles e no dia seguinte que era um sábado nós nos encontramos novamente para nos despedirmos de Fidio e Fabricio antes do treino até Kenma estava conosco.
-Eh, parece que esse é o final – Fidio disse – Foram dias bem interessantes, espero que vocês realmente avancem até as nacionais. Vou fazer questão de assistir os jogos.
-Espero que sim – Kuroo estendeu a mão e apertou a mão dele.
Nico estava no colo do meu pai e se recusava a parar de chorar – Cuide bem deles Kuroo, [Nome] principalmente não vou estar aqui pra te salvar da próxima psicopata.
Dei risada – Realmente, ainda não sei como você conseguiu.
Ele jogou o braço em cima de mim – Meu charme irresistível irmãzinha.
Soquei ele na altura da costela – Não abusa.
Fabricio o chamou pela última vez e eles entraram no carro, acenamos e em seguida fomos na direção da estação de trem.
-Parece que as coisas voltaram ao normal – Kenma disse.
-Sim...
***
-Shibayama boa recepção – eu mandei um joinha pra ele.
Estávamos fazendo o último treino antes da escolha dos representantes de Tóquio, Fukurodani e Itachiyama também tinham passado então tínhamos 2 aces de nível nacional pra derrotar. Mas tínhamos feito bons treinos, tínhamos consistência com certeza conseguiríamos uma vaga, já fazia algum tempo que Fídio tinha ido embora e a atmosfera não podia estar mais normal.
Notei que Kenma estava do meu lado -Você não parece nem um pouco nervoso Kenma – eu comentei.
-É inútil – ele respondeu quase sem se mexer – Só precisamos jogar, como sempre fazemos...
Sorri – Você não deixa de estar certo.
-Hey [Nome] você vai levar as crianças pra assistir? – perguntou o Tora.
-Não sei depende se meu pai vai conseguir sair a tempo do serviço. – respondi. Uns dias atrás eu consegui permissão do treinador pra trazer Nico e os amiguinhos rebeldes dele pra ver o treino, eles ficaram totalmente em êxtase Haruki tinha virado a fã número um do ace da Nekoma.
Pensando bem cada um deles tinha ganho seu próprio fã, Nico idolatrava o Kuroo, Yusuke não tirava os olhos do Shibayama, Makoto achou o Kai o máximo, Masami acompanhava o Yaku com o olhor fixo, e Ryo tentava entender como o Kenma conseguia ser bom sem quase se mexer.
Sendo as crianças que eles são, saíram falando que mal esperavam pra ter idade pra entrar na Nekoma e blah, blah...
-Você está falando isso porque ter uma garota torcendo por você – Kuroo provocou - Nem sua irmã torce tanto por você assim.
Ele abaixou a cabeça decepcionado.
Treinador chamou a gente – Bem teremos jogos decisivos e importantes amanhã, quero todos descansados e dispostos. Estão dispensados...
Enquanto esperava Kuroo fechar o clube eu e Kenma conversávamos sobre a Karasuno, realmente era estranho até pra mim o interesse que ele tinha no Hinata, se bem que o laranjinha parecia ser do tipo que inspira as pessoas a gostarem dele. Um raio se sol ou algo parecido.
Pegamos o trem em silêncio, era um silêncio confortável.
Não demorou muito até eu chegar em casa, quando o fiz Nico correu até mim com um saquinho.
-[NOME]!
-Não corre na escada – falei sentando no degrau pra tirar meus tênis.
-Fizemos isso pra vocês – ele me estendeu o saquinho com diversos amuletos desejando boa sorte, um para cada garoto e um pro time. – Papai disse que não vai conseguir nos levar pra ver a primeira partida, mas com certeza vamos na segunda.
-Nico... Isso é muito legal da sua parte – falei – Vou deixar eles no banco amanhã ta bom?
Ele sorriu, e foi atrás da minha mãe. Subi pra tomar um banho e descansar, amanhã seria um longo dia.
(n/a: A partir do próximo já começa a seguir o mangá de novo, se você não gosta de spoiler não sei se aconselho a ler... Mas opção sua. Xx)
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CF [2017] - (Kuroo x [Nome])
FanfictionLeia a Nova Versão - Disponível no Perfil Você é uma ex-jogadora da seleção Italiana de vôlei que é forçada a mudar para Tokyo por causa do trabalho do seu pai e uma lesão séria, não querendo se afastar do esporte que tanto adora entra como ajudante...