Eu era jovem e robusto, minha família tinha condições financeiras e estávamos no auge de nossas vidas, mais para tudo dar errado basta estar tudo certo.
Eu olhei pela janela da carruagem e estava um belo dia de sol. Estava eu e minha bela noiva Catherine rumando para nosso humilde castelo.
- Lucas tire as mãos daí.
- Que isso minha amada, já estamos noivos, isso é uma coisa comum.
- Comum para você, já disse para tirar a mão. – Ela deu um tapa em sua mão.
- Se continuar com essas coisas de mocinha virgem para cima de mim agora mesmo voltamos e eu te devolvo para seu pai.
- Você não teria coragem. – Seu rosto tomou uma feição preocupada.
- Não esqueça que foi seu pai que ofereceu esse casamento arranjado, é sua família que precisa de "apoio" e não a minha.
Ela respirou fundo e soltou a mão dele que já a tocava de novo.
- Quer saber, agora também perdi a vontade.
Ele bateu no teto e gritou para que o cavalariço fosse mais rápido e após breves sacolejos estavam adentrando os portões do castelo.
- Meu querido filho, já está de volta.
- Sim papai e trago minha futura esposa conforme combinado com barão Alphonse.
- Mais vejam só, a pequena Catherine cresceu e se tornou uma dama das mais belas.
- Encantada Duque Leon. Ela fez uma reverencia e deu um sorriso forçado.
Ele se aproximou e beijou a mão dela, lançou um olhar atrevido. Ela rapidamente puxou a mão de volta mais sem transparecer o nervosismo.
- Espero que sejamos bons amigos minha cara. – Disse sem tirar os olhos dela.
Ela aproveitou a entrada de uns serviçais e logo se retirou com Lucas.
- Pedi para que nossos aposentos sejam em locais separados até que o casamento aconteça conforme havia me solicitado, mais isso não significa que não a visitarei, nem pense em trancar a porta por dentro.
Ela ficou contente de não precisar dividir o quarto com ele, apesar de ter que se esquivar das investidas constantes, não ficar no mesmo quarto já a deixava mais calma.
- Obrigada, estou um pouco cansada da viagem.
- Pedirei que a conduzam até seus aposentos imediatamente.
Ele fez um aceno e duas damas de companhia a direcionaram até os aposentos. Elas lhe deram um banho e a trocaram.
- Vocês podem me deixar sozinha agora, obrigada.
- Estaremos a sua disposição senhora. - Elas saíram e ela se jogou na cama, em sua casa era tudo muito limpo e arrumado, mais ali parecia estar em um patamar diferente. Tudo era do bom e do melhor. Ela cheirou os lençóis e abraçou os travesseiros de penas. Duas batidas na porta a chamaram a atenção.
- Com licença estou entrando.
- Duque o que faz aqui?
- Vim me certificar que está sendo bem tratada.
- Estou sim muito agradecida. – Disse ela se escondendo com o lençol.
- Sabia que pode me pedir o que quiser, tenha em mim um homem de confiança. Ele mais uma vez a beijou a mão e sentiu seu cheiro. Ela teve um arrepio quando ele roçou sua barba em sua mão delicada.
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A uma escolha do umbral
SpiritualHá muitos caminhos e escolhas em toda nossa jornada de aprendizado, traçamos nossos planos e partimos para esfera terrena tentando na carne resgatar nossas dividas e aperfeiçoamento espiritual, porem é difícil acertar de primeira. De tantas passagen...