Capítulo 14 - Insubmissão

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Lucas e Otávio chegaram até o portão de Celine, era um local grande até para o umbral.

- Como será que ela conseguiu plasmar tudo isso, é grande demais.

- Também não sei Lucas até porque mesmo você me mostrando nunca consegui fazer nada.

- Requer pratica e paciência, quando Bartolomeu me ensinou também e demorei a aprender.

Não havia guardas na porta, eles bateram em um sino que ficava ao lado da porta e logo apareceu alguém.

- Pois não, quem chama?

- Aqui é da parte do senhor Bartolomeu, gostaríamos de uma palavra com a senhora Celine em nome dele.

- Ela não recebe servos.

- Pois eu me chamo Lucas e estou no comando, meu senhor Bartolomeu me deu toda autoridade em sua ausência.

- Terei que verificar com ela então, aguardem aí fora.

Muitos minutos se passaram até que o guarda voltou seguido de mais dois.

- Podem entrar, vocês portam algo que eu deva saber?

- Não, viemos em paz. Desejo apenas ter uma palavra com a senhora Celine em nome de meu senhor.

- Ela já o espera.

- E quanto ao meu servo?

- Terá que aguardar ai fora, como já disse ela só recebe senhores, apenas abriu uma exceção para você.

- Pode ir Lucas eu ficarei bem. – Ele fez um gesto com a cabeça em sinal positivo e aguardou enquanto os guardas levavam Lucas para dentro.

Celine era um negra forte mais nada bonita, tinha um cicatriz perto do olho direito e apesar do rosto simpático Lucas sabia que lá vinha encrenca.

- Olá senhora Celine, minhas sinceras desculpas por perturba-la.

- Desculpas aceitas agora vá direto ao assunto.

- Venho em nome de meu senhor Bartolomeu que está em viagem de negócios. Acredito que a senhora esteja de posse de um de seus servos.

- E se eu estiver?

- Ele gostaria que a senhora o liberasse.

- E porque deveria? Ele não estava com nenhuma identificação. Assim como você não está. Acha que está no mesmo nível que eu?

- Claro que não minha senhora, mais cada senhor trata como quiser seus servos e por isso que alguns de nós não temos identificação. Bartolomeu deixa livre aqueles em quem confia.

- Engraçado, pois o "novato" nem sabe o nome do seu senhor e também não tinha identificação então ele agora me pertence.

- Como disse senhora Celine, Bartolomeu está em viagem de negócios e eu estou no comando. Eu confio em Carlos e por isso o deixei sem identificação.

- Pois se Bartolomeu quiser mesmo ele de volta, pode telo quando vier me visitar, e diga que me traga algum presente.

- Terei de insistir senhora Celine que o deixei ir comigo agora.

- Se não?

- Se não meu senhor pode ver isso como uma atitude de guerra.

O riso estridente Celine cortou o silencio que se fez após a fala de Lucas.

- Não me faça rir garoto, seu senhor é um idiota fraco que não das as caras a tempos. Acha que vou me intimidar. E o que tem de tão importante nesse rapaz para ele o querer tanto?

A uma escolha do umbralOnde histórias criam vida. Descubra agora