Lucas e Otávio chegaram até o portão de Celine, era um local grande até para o umbral.
- Como será que ela conseguiu plasmar tudo isso, é grande demais.
- Também não sei Lucas até porque mesmo você me mostrando nunca consegui fazer nada.
- Requer pratica e paciência, quando Bartolomeu me ensinou também e demorei a aprender.
Não havia guardas na porta, eles bateram em um sino que ficava ao lado da porta e logo apareceu alguém.
- Pois não, quem chama?
- Aqui é da parte do senhor Bartolomeu, gostaríamos de uma palavra com a senhora Celine em nome dele.
- Ela não recebe servos.
- Pois eu me chamo Lucas e estou no comando, meu senhor Bartolomeu me deu toda autoridade em sua ausência.
- Terei que verificar com ela então, aguardem aí fora.
Muitos minutos se passaram até que o guarda voltou seguido de mais dois.
- Podem entrar, vocês portam algo que eu deva saber?
- Não, viemos em paz. Desejo apenas ter uma palavra com a senhora Celine em nome de meu senhor.
- Ela já o espera.
- E quanto ao meu servo?
- Terá que aguardar ai fora, como já disse ela só recebe senhores, apenas abriu uma exceção para você.
- Pode ir Lucas eu ficarei bem. – Ele fez um gesto com a cabeça em sinal positivo e aguardou enquanto os guardas levavam Lucas para dentro.
Celine era um negra forte mais nada bonita, tinha um cicatriz perto do olho direito e apesar do rosto simpático Lucas sabia que lá vinha encrenca.
- Olá senhora Celine, minhas sinceras desculpas por perturba-la.
- Desculpas aceitas agora vá direto ao assunto.
- Venho em nome de meu senhor Bartolomeu que está em viagem de negócios. Acredito que a senhora esteja de posse de um de seus servos.
- E se eu estiver?
- Ele gostaria que a senhora o liberasse.
- E porque deveria? Ele não estava com nenhuma identificação. Assim como você não está. Acha que está no mesmo nível que eu?
- Claro que não minha senhora, mais cada senhor trata como quiser seus servos e por isso que alguns de nós não temos identificação. Bartolomeu deixa livre aqueles em quem confia.
- Engraçado, pois o "novato" nem sabe o nome do seu senhor e também não tinha identificação então ele agora me pertence.
- Como disse senhora Celine, Bartolomeu está em viagem de negócios e eu estou no comando. Eu confio em Carlos e por isso o deixei sem identificação.
- Pois se Bartolomeu quiser mesmo ele de volta, pode telo quando vier me visitar, e diga que me traga algum presente.
- Terei de insistir senhora Celine que o deixei ir comigo agora.
- Se não?
- Se não meu senhor pode ver isso como uma atitude de guerra.
O riso estridente Celine cortou o silencio que se fez após a fala de Lucas.
- Não me faça rir garoto, seu senhor é um idiota fraco que não das as caras a tempos. Acha que vou me intimidar. E o que tem de tão importante nesse rapaz para ele o querer tanto?
VOCÊ ESTÁ LENDO
A uma escolha do umbral
SpiritualHá muitos caminhos e escolhas em toda nossa jornada de aprendizado, traçamos nossos planos e partimos para esfera terrena tentando na carne resgatar nossas dividas e aperfeiçoamento espiritual, porem é difícil acertar de primeira. De tantas passagen...