Eu acordei sem saber o que havia acontecido, me levantei normalmente com uma dor no peito mais não dei muita atenção. Caminhei pelos corredores e fui até o salão para comer só então percebi que não havia ninguém.
- Mais que diabos, onde está todo mundo. – Ele procurou por todo castelo e nada.
- Meu senhor. – Uma voz o chamou tocando seu ombro.
- Que susto mulher! E como ousa me tocar.
- Desculpe meu senhor, mais precisamos conversar.
- E porque eu deveria conversar com uma serviçal? Vá e traga algo para eu comer.
- Sr. Lucas acho que ainda não entendeu a sua posição.
- Acho que você que não entendeu, me obedece ou mandarei que os guardas lhe deem uma lição.
- Pois então chame os guardas, não sairei daqui onde estou.
- Como é!? – Guardas, guardas...- Ele chamou várias vezes e ninguém apareceu.
- Arrogante como sempre, nem mesmo percebeu o que está bem na sua cara.
- Olha como fala comigo.
Ela olhou bem para ele e já ia embora quando ele a segurou.
- Tudo bem, faremos do seu jeito por enquanto, o que está acontecendo?
- Estamos mortos é isso que está acontecendo. Aquela sua esposa fingindo ser uma santa orquestrou a nossa morte.
- Do que está falando, me sinto muito vivo.
- É mesmo, e esse buraco em seu peito, e não é possível que não esteja vendo minha garganta cortada.
Ele não havia percebido até ela dizer, pois a mão em seu peito e sentiu o furo. O pior foi perceber que ela tinha um corte que ia de um lado a outro do pescoço.
- Meu Deus estamos mortos! – Mais se estamos mortos porque me sinto tão vivo?
- Porque a vida continua depois que morremos, e pelo jeito não fomos nem para o céu nem para o inferno.
- E agora, o que faremos mulher?
- Nos vingaremos é claro. Eu andei o castelo todo e não consigo encontrar ninguém é como se todos tivessem ido embora.
- Impossível, mesmo que todos tivessem saído alguém ficaria tomando conta do castelo.
- Tem razão, e o que sugere que façamos?
Ele fechou os olhos e tentava lembrar o que aconteceu, flashes começaram a confundir seus pensamentos. Começou a se lembrar do dia do casamento e tudo ficou obscuro quando entrava no quarto de Catherine.
- Não consigo lembrar o que aconteceu, nem mesmo como morri.
- Foi me pedido dar um recado para um rapaz que havia me entregue um bilhete o qual era para sua esposa. Assim eu o fiz, e no dia do casamento eu ouvi uma gritaria e fui ver o que era, quando entrei nos aposentos nupciais antes que eu pudesse falar qualquer coisa Catherine cortou minha garganta.
- Mentira, ela não conseguiria ferir nem mesmo uma mosca.
- Pois quando entrei no quarto seu corpo já estava sem vida na cama e o rapaz com a espada suja de sangue nas mãos.
Foi um buum, a dor no peito foi tão forte que ele teve vertigem e quase caiu, se lembrou do rosto daquele que tirou sua vida.
- Ricardo, filho bastardo do barão e meio irmão de Catherine. Aquele pedaço de bosta.
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A uma escolha do umbral
SpiritualHá muitos caminhos e escolhas em toda nossa jornada de aprendizado, traçamos nossos planos e partimos para esfera terrena tentando na carne resgatar nossas dividas e aperfeiçoamento espiritual, porem é difícil acertar de primeira. De tantas passagen...