Capítulo 2

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                                                        30 Minutos

Niall esperou, ao som de uma música ambiente ridícula, que a sua chamada fosse transferida. Menos de um minuto depois, uma voz meiga e muito calma atendeu o telefone, dizendo que era da linha de ajuda a suicidas, o que fez com que Niall se risse.

- Linha de ajuda a suicidas? E isso serve para quê?

- Nós queremos que as pessoas vivam a sua vida ao máximo e que percebam que acabar com a vida delas não é a solução. – Mary, a rapariga que estava ao telefone com Niall, disse calmamente. Aquela era apenas mais uma frase que ela dizia muitas vezes, na tentativa de salvar a vida das pessoas que ligavam para lá.

- Isso é mentira! – Niall gritou, irritado. – A morte é a solução e vocês não querem ajudar ninguém: só querem dinheiro!

Na opinião de Niall, principalmente depois que o seu chefe o despediu por causa do mau negócio que ele tinha feito, era o dinheiro que comandava a vida das pessoas, não o sonho, não Deus, não o destino… o dinheiro. Um simples pedaço de papel era capaz de controlar todos os aspetos da vida de um ser humano.

Quem quer que estivesse ao telefone com ele, era apenas mais uma pessoa pretensiosa que só queria chegar ao fim do mês com o seu salário no bolso, independentemente se tinha salvado a vida de alguém ou não.

Mas o que Niall não sabia, era que ele estava redondamente enganado em relação a mary.

- Isso não é verdade.

- Diz-me… - Niall começou, mas parou repentinamente. - Eu posso tratar-te por tu, certo?

- Huh… - Mary não sabia o que responder, ela não queria que o estranho a tratasse pela segunda pessoa, porque isso fá-la-ia sentir que eles eram próximos e, embora isso foi bom para quem estivesse do outro lado a pedir ajuda, não era bom para ela, pois ela sentiria a dor da perda, caso corresse tudo mal.

- Eu vou morrer, tenho direito a fazer alguns pedidos, certo? Então, como é que te chamas?

- Mary. – Ela respondeu, apesar de ter a sensação de que acabara de cometer um erro enorme.

- Mary. – Niall disse, saboreando o seu nome. – Eu gosto do teu nome. Queres saber o meu?

- Sim, diga-me o seu nome. – Mary pediu, numa tentativa de ganhar mais tempo por parte do homem que estava do outro lado da linha.

- Niall. Niall Horan.

- É esse o seu nome completo?

- Trata-me por “tu”.

- Huh… eu acho melhor não.

- Porquê? Não queres ter confiança comigo, é isso? – Niall perguntou, mas Mary não respondeu, pois essa era exatamente a verdade. - Para não sentires remorsos quando eu morrer? Responde-me Mary! – Niall gritou, irritado o que fez com que Mary se sobressaltasse e estremecesse.

Anna, a rapariga que costumava sentar-se na cabine ao lado dela, ia a passar e parou perguntando se estava tudo bem. Mary apenas acenou com a cabeça.

- Mary, ainda aí estás? – O homem que estava do outro lado perguntou.

Pela maneira com que ele estava a falar e pelo facto de a sua voz ter tremido, Mary diria com toda a certeza que Niall estava a chorar e, ele estava, de facto, a chorar. Niall não gostava de gritar com mulheres, ele nunca o tinha feito com a sua noiva.

A sua noiva…

A sua noiva que o tinha traído com o seu melhor amigo.

- Sim, ainda aqui estou.

30 Minutes [Niall Horan Fanfiction]Where stories live. Discover now