Capítulo 7

3.2K 573 189
                                    

Bem, como eu tinha dito: último capítulo. Wow, vou sentir saudades desta história e de vocês e dos vossos comentários. Obrigada por terem lido a minha fic e pelos comentários e por serem leitores super hiper mega fixes e... OMG VOCÊS SÃO TIPO MESMO MUITO FIXES!!! e... ya já estou a falar bués e a ser bués lamechas e a não deixar-vos ler a fic... OK PAREI hahaha

                                                             5 Minutos

- Estás a mentir. Quando este telefonema acabar, tu vais para casa, feliz porque impediste mais um suicídio, provavelmente a tua média vai subir para nova em cada dez e tu vais pensar o quão estúpido os suicidas são. E, no dia seguinte, quando acordares com os raios de Sol a baterem-te no rosto, tu nem te vais lembrar de mim, Mary.

- Isso não é verdade, Niall. Eu nunca me vou esquecer de ti, eu vou visitar-te todos os dias e vou fazer de tudo para que saias de lá, eu prometo.

- Mary…

- Niall?

- Eu gostei muito de falar contigo, mas mereces uma vida melhor do que ir visitar um estranho à cadeia.

- Niall… por favor.

- Desculpa, eu não aguento mais, a dor… ela é tão forte e queima, precisamente aqui. – Niall disse, levando a mão ao seu coração, embora ele soubesse que Mary não podia ver. – No coração. Deus, dói tanto. Será que a dor vai parar quando eu morrer?

- Niall, a dor vai parar se tu viveres. Deixa-me ajudar-te.

- Eu não posso acabar com a vida de mais ninguém, Mary. Muito menos com a tua, afinal, tu não me fizeste nada, tu não me traíste.

- Não faças isso.

- Sabes quanto comprimidos tenho na mão?

- Niall… - Mary chamou e a sua voz tremeu, as lágrimas ameaçavam cair.

- Responde-me, Mary.

- Não, eu não sei.

- Faz uma média.

- Eu… eu não sei… Niall, por favor não faças isso, eu imploro-te. Tu podes ser muito feliz se viveres, acredita em mim. Eu também pensei nisso, quando vi a minha mãe naquele estado, eu estive com comprimidos na mão, com facas, eu estive mesmo na ponta de um precipício pronta a atirar-me, mas eu sabia, eu sabia que não iria ser feliz dessa forma e decidi viver e eu sou feliz, Niall, por isso, tu também o podes ser.

- Tu nunca mataste ninguém, Mary. Tu não corrias o risco de ser presa. Tu não foste traída.

- Tu não sabes! – Mary gritou e algumas pessoas ficaram a olhar para ela, mas ela não queria saber disso, ela só queria que Niall não se suicidasse, era o que ela mais desejava desde que a sua mãe morrera, porque Niall compreendia-a e ele fê-la rir, algo que ela não fazia desde que a mãe se suicidara, além disso, ele parecia ser boa pessoa apesar de tudo.

- Nem nunca vou saber. Já não há tempo. Gostei de te conhecer, Mary. Falar contigo foi a melhor coisa que eu alguma vez poderia ter feito. Ouvir a tua voz, apesar de não te conhecer, foi como o canto dos anjos. Será que vou ter anjos á minha espera? O que é que achas Mary?

Niall conseguia ouvir a respiração acelerada de Mary do outro lado da linha, ele não estava nada feliz por a estar a meter tão nervosa. Niall achava que, se eles se tivessem conhecido noutras circunstâncias, ele poderia muito bem ter-se apaixonado por ela e ele tinha a certeza que ela nunca o trairia como Saphira fez.

- Tu já és um anjo Niall. – Mary disse e Niall riu-se.

- Obrigada, Mary. Espero que todas as pessoas na minha situação tenham a sorte de puder falar contigo.

Niall podia ouvir as sirenes das ambulâncias que o levariam para o hospital, assim como as sirenes da polícia que o vinham prender por homicídio, então, ele tinha que se despachar se queria que eles chegassem tarde demais.

7…

- Niall… não…

6…

- Não me chegaste a responder.

5…

- A quê?

4…

- Quantos comprimidos é que achas que eu tenho na mão?

3…

- Eu não sei…

2…

- Mary.

1…

- Huh… dezasseis?

0…

- Não. Eu não tenho nenhum, porque eu já os tomei, mas, sim… eram deza-

Mary deixou de ouvir a voz de Niall subitamente e uma lágrima escorreu pelo seu rosto. Niall Horan tinha acabado de cometer suicídio.

Mary tinha tido 30 minutos e ela não conseguiu fazer nada.

Esses trinta minutos não foram suficientes para ela salvar a vida do pobre homem que lhe pedira ajuda.

Ela tinha sido impotente, como acontecera com a sua mãe.

As lágrimas escorriam pelo rosto da rapariga que gritava pela perda e pela dor que acabara de sentir. Três trabalhadores correram até ela, afastando-a da sua cabine, mas ela não se conseguia mexer, ela tinha acabado de perder mais uma pessoa.

Trinta minutos.

Ela criou uma ligação com Niall Horan, alguém capaz de a perceber.

Trinta minutos.

Ela fez de tudo para lhe mostrar que vale a pena viver.

Trinta minutos.

Ela contou-lhe coisas sobre a vida dela, tratou-o pelo seu nome, deixou que ele entrasse na vida dela, quebrou um monte de regras, tudo para que ele não fizesse o que fez.

Trinta minutos são tudo e nada na vida de uma pessoa.

30 Minutes [Niall Horan Fanfiction]Where stories live. Discover now