Takeda's Tales (PTBR)

Capítulo 4

Takeda estava preocupado. Desde sua recente renúncia ao cargo de Membro do Parlamento, parecia que o país estava se acabando.
Nas ruas, os cidadãos andavam armados para se defenderem. Qualquer um poderia levar um tiro a qualquer hora. Figuras políticas divergentes eram assasinadas.
As raposas se tornaram uma verdadeira gangue, que terrorizava os bairros de Petropavlovskiy-Kamchatsky. Takeda, Stella e Lynnoux passavam a maior parte do tempo dentro do castelo. O muro que o cercava foi reerguido e reforçado.

Naquele dia, Takeda havia acordado ao som de tiros. Lynnoux e Stella ainda dormiam (não se sabe como, mas dormiam). Ele decidiu abrir uma fresta na cortina da janela de seu quarto.

Como sempre, a neve caía em grandes quantidades, como uma fera branca caindo sobre a Terra.

Takeda rapidamente observou algumas raposas envolvidas em brigas com outros ratos, armadas ou na porrada seca.

Takeda rapidamente fechou a cortina. Ele já havia passado por situações parecidas, mas nunca tão perto do castelo. Estava com medo de que algum deles atacasse Lynnoux ou Stella.

Enquanto isso, Lynnoux e Stella acordaram. Takeda desceu até a cozinha a fim de preparar o café da manhã.

- Malditos extremistas. O café já está acabando e os mercados foram saqueados. Logo só vamos ter as rações militares e a comida enlatada. - disse Takeda.
- Bom dia para você também. - disse Stella.
- Bem, o que podemos fazer? Não podemos ir lá fora. Aquilo parece um expurgo, e eu sou muito valioso! Vão me comer com farofa! - disse Lynnoux.
- Sei lá. Parece que não temos escolha a não ser esperar. O parlamento vai ter que fazer alguma coisa. Isso já está assim por semanas? Qual será a demora? - perguntou Stella.
- Provavelmente o parlamento está do mesmo jeito do que o povo, completamente dividido. Só temos duas opções. A lei marcial ou o Artigo 1001. - disse Takeda.
- Artigo 1001? O que é isso? - perguntou Stella.
- O imperador assume o poder absoluto provisoriamente. Luís XVI disse oi. - respondeu Lynnoux.
- Bem, vocês continuem discutindo isso. Eu vou tomar café. - disse Takeda.

Após o café da manhã, Takeda ligou para o Imperador, Geratsynn Yakovlev, seu tio.
- Privjet?
- Privjet, tio.
- Takeda? Como está você?
- Estou bem, por enquanto.
- Como assim, por enquanto?
- Os conflitos chegaram a Von Fatalis. Nesse exato momento, tem um tiroteio aqui fora, praticamente do lado do castelo.
- Mas o que eu posso fazer?
- Você é o imperador. O parlamento está dividido. Eu recomendaria a dissolução do Parlamento.
- O artigo 1001?
- Exatamente.
- Desculpe-me, tenho uma reunião em pouco tempo. Mas vou pensar na sua proposta. Do svidanya.
- Do svidanya.

Os tiros já chegavam muito perto da casa. Takeda pegou uma adaga e uma pistola TT33.
Haviam alguns indivíduos escalando o muro. Todos altamente armados.
E vermelhos.

Em três tiros rápidos, os três caíram no chão. Mas não eram os únicos. Vários outros estavam pulando o muro.
Takeda atirava o mais rápido possível enquanto Lynnoux procurava uma espada.
Stella havia voltado a dormir.

Lynnoux saiu correndo, segurando sua espada.
"URAAAA!"