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Preparem os lencinhos... :'(

♥♡♥

Quando o sinal do almoço tocou, algumas horas depois, Louis saltou da cadeira, aliviado pela aula de cálculo ter terminado. A matemática com certeza não era um dos seus pontos fortes. Jogou o livro e o fichário dentro da bolsa e saiu rápido da sala, em direção à entrada principal da escola. Johanna ainda não havia chegado, e Louis sentou num banco para esperá-la. Os amigos saíam aos poucos para almoçar, parando para dar um oi e comentar as principais fofocas do dia.

Dez minutos depois, ainda não havia nem sinal de sua mãe. Louis tirou o celular da bolsa e ligou para ela, mas a chamada caiu na caixa postal. Quando estava a ponto de deixar um recado, sua atenção foi atraída por um carro de polícia que estacionava em frente à escola. Louis olhou para o policial que saiu do carro, o semblante tenso. Com uma ponta de curiosidade, perguntou-se qual dos seus colegas estaria encrencado.

Os olhos do policial encontraram os dele, e o homem olhou para algo que tinha nas mãos. Agora com uma pontada de medo, viu que ele se dirigia a ele. Provavelmente só vai me pedir informação sobre algo ou alguém, ele se reconfortou, mexendo-se no banco, nervoso. Mesmo assim, não conseguiu conter a imaginação enquanto o policial se aproximava. Tentou manter a calma, enquanto visões de drogas plantadas em seu armário e crimes desse tipo dançavam em sua mente.

- Bom-dia. Você é Louis Tomlinson? - perguntou o policial, um homem de meia-idade e rosto corado.

Louis acenou, trêmulo, com a cabeça e se pôs de pé. Estremeceu ao pensar que a mãe poderia chegar a qualquer momento e vê-lo sendo interrogado pela polícia.

O policial colocou a mão gentilmente em seu ombro.

- Lamento ter que lhe dar más notícias. É melhor você se sentar.

Louis ficou gelado. Caiu estatelado no banco e olhou do policial para o estacionamento, dividido entre a necessidade urgente de saber o que havia acontecido e o desejo igualmente urgente de sair correndo.

- Estou vindo do hospital de Santa Monica - continuou ele baixinho. - Não posso dizer o quanto lamento ter de informar isto, mas sua mãe sofreu um acidente de carro às oito e quinze da manhã. Um motorista em excesso de velocidade avançou o sinal e bateu no carro dela. Sinto muito, mas... ela não sobreviveu.

- O quê? - Louis perguntou, aturdido. Havia entendido mal. Não podia ser...

- Sua mãe... - o policial olhou para o chão, desconfortável -... Faleceu.

Não. Não, não, não, não, não. Louis balançou a cabeça, histérico, e pôs-se de pé num salto. As palavras da mãe, naquela manhã, ecoavam em sua cabeça: "Vejo você no almoço, querido".

- Não! - Louis gemeu. - Impossível. Você se confundiu; é outra pessoa! Vi minha mãe esta manhã. Ela me deixou aqui e vai voltar a qualquer minuto para me levar pra almoçar...

Olhou desesperado ao redor, desejando que o carro da mãe estacionasse em frente à escola.

- Você vai ver, ela vai chegar a qualquer minuto!

- Senhor Tomlinson, entendo que seja um choque terrivel - o policial disse, com voz grave. - Ela sofreu o acidente logo depois de deixá-lo aqui. Gostaria que não fosse verdade, mas... Fomos chamados ao local imediatamente, junto com a ambulância. Todos fizeram o melhor possível, mas não conseguimos salvar nenhum dos dois motoristas. Encontramos a carteira da sua mãe na bolsa dela, e foi assim que localizamos o senhor.

Entregou a ele o objeto em sua mão -a carteira de couro marrom desbotada de Johanna, com a foto escolar de Louis numa das divisórias. Enquanto olhava, incrédulo, para a carteira da mãe, Louis perdeu a noção de si mesmo. A cabeça parecia rodar, a visão não era mais do que pontos pretos e brancos diante dos seus olhos, e o único som audível era um zumbido horrivel nos ouvidos.

 Timeless 🌹 'L.S'Onde histórias criam vida. Descubra agora