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Annaleigh virou-se para Louis com um sorriso simpático.

- Gostaria de conhecer a casa antes de ir para o seu quarto?

- Claro, obrigada! - Louis a seguiu até o corredor adiante, decorado com tapeçarias iluminadas por candelabros.

- Não sei se notou, mas a mobília do estúdio é constituida por reproduções de peças do Petit Trianon de Versalhes - informou Annaleigh, orgulhosa, enquanto guiava Louis. -Como várias das melhoes casas da Nova York dos velhos tempos, a Mansão Tomlinson seguiu a regra de ser construída como um palazzo italiano e decorada como um castelo rococó francês.

- Uau. - Louis balançou a cabeça, achando difícil acreditar que tudo estava acontecendo.

A primeira porta que Annaleigh abriu dava para um aposento com acabamento dourado. No centro do cômodo, havia um cômodo, havia um conjunto de mesa de jantar e cadeiras em mogno.

- Esta é a sala matinal.

- Sério? Vocês têm uma sala só para as manhãs? - pergunto Louis, incrédulo.

Annaleigh riu.

- Não exatamente. É verdade que os Tomlinson sempre tomam café da manhã aqui, mas uma sala matinal também é usada tradicionalmente para almoço, chá e outras reuniões informais ao longo do dia.

De informal este lugar não tem nada, Louis pensou enquanto seguia Annaleigh ao cômodo seguinte: uma biblioteca com paredes revestidas de madeira. Ao ver aquele templo de livros, pela primeira vez em semanas Louis esboçou um leve sorriso. Percorreu o lugar, passando os olhos pelos títulos dos volumes encadernados em couro que enchiam as estantes do chão ao teto. Havia anjos pintados no teto, do qual pendiam lustres Baccarat. Paredes e escrivaninhas eram de madeira escura, e as luxuosas poltronas de couro escuro arranjadas pelo aposento pareciam perfeitas para se acomodar e ter uma boa leitura.

- Venha, vou lhe mostrar o salão de baile. É meu lugar favorito da casa - disse Annaleigh, empolgada.

Quando entraram no salão de baile, o formigamento de Louis ficou mais intenso, e ele cruzou os braços arrepiados com força. Afastando-se de Annaleigh, passeou devagar pelo recinto. Parecia algo saído de um romance de Edith Wharton, com sua decoração romântica em branco e marfim, a pista de dança reluzente, lustres de bronze e cristal e colunas altas. Um piano Steinway estava a um canto do salão e por cima dele havia um balcão dourado.

- Os convidados de honra se acomodavam no balcão e de lá olhavam as pessoas dançando - disse Annaleigh, a voz sonhadora. - Não é incrível?

Louis não respondeu, e Annaleigh pareceu notar a expressão estranha no rosto dele.

- O que foi, querido?

- É que... - Louis engoliu em seco - continuo com a sensação de que já estive aqui. Mas sei que é impossível.

- Estranho. Será que você viu salões de baile parecidos em algum filme?

- Pode ser. - Mas Louis sabia que não era isso.

Annaleigh o levou a outra sala, que chamou de sala de bilhar mourisca. Parecia masculina e exótica, com paredes cobertas com azulejos marroquinos e um domo de vidro no teto.

- Aqui os homens vinham fumar charutos e jogar bilhar durante as festas - explicou Annaleigh, apontando para a grande mesa de bilhar no centro do aposento.

- Meus avós dão muitas festas aqui?

- Bem... não - admitiu Annaleígh, contrariada, enquanto iam para outro cômodo. - Pelo menos não nos dez anos desde que estou aqui. Mas houve uma época em que os Tomlinson eram célebres pelos bailes que davam. Acho que, a partir do momento em que seus avós ficaram sós, não houve muito mais sentido em dar festas. - Ela se interrompeu quando chegaram ao pátio coberto, com vista para o jardim dos fundos. - Aqui é onde sua avó cuida das flores e palmeiras.

 Timeless 🌹 'L.S'Onde histórias criam vida. Descubra agora