Sticky hippie

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((POV Lexa))

Eu estava exausta, depois de pedir pra um aluno de minha confiança buscar o carro de Clarke em Moss Beach, me dediquei inteiramente a uma coisa: Colocar Finn Collins atrás das grades.

Fui até a segurança conversar com Roan, avisei Harper que não iria trabalhar, ela me encheu de perguntas querendo saber se eu estava bem ou se precisava de algo. Eu sei que essa garota pode ter algum tipo de paixonite por mim, mas as vezes me parece inapropriado, levando em consideração o fato de não ser reciproca. Já na sala da segurança encontrei o mesmo guardinha de sempre:

- Chame Roan, preciso conversar com ele.

- General Roan está ocupado agora, Sra. Pramheda, está com gente em sua sala. Puff.. Sorri ironicamente pro pobre guarda e entrei no corredor atrás do balcão. O ouvi me chamando, mas obviamente que não dei a mínima.

Fui olhando sala por sala, até que encontrei Roan em sua pose prepotente conversando com um homem bem vestido. Abri a porta:

- Roan, preciso conversar com você.

- Sra. Pramheda. Disse se levantando constrangido. – Podemos remarcar esta reunião­­­­­? Perguntou ao rapaz que se sentava na cadeira a sua frente.

- Claro. Acredito que esse seja um assunto mais urgente. Disse gentilmente se referindo a mim.

Acenei com a cabeça agradecendo e esperando ele se dirigir até a porta.

- A que devo a surpresa inesperada e devo dizer... Afobada? Disse me apontando a cadeira pra que eu sentasse.

Me sentei não me importando com seu tom de voz irônico:

- Eu venho reclamando pra vocês sobre a insegurança nesse campus fazem semanas.

- Pramheda, o Sr. Dante...

- Eu sei o que ele disse e sei como censura os gastos para uma investigação. Eu disse interrompendo-o. - Foda-se o que ele pensa, Roan, a questão é que eu já sei exatamente quem vocês precisam prender.

- A sra tem provas?

- Ainda não, mas tenho testemunhas.

- Alguma vitima concordou em falar?

- Não exatamente, mas ele drogou uma aluna, isso não é o bastante?

Roan juntou as mãos e sorriu debochadamente.

- Sra Pramheda, não podemos trabalhar com suposições, achismos e palavras contra palavras.

- Eu sei disso, Roan, eu não to te pedindo pra prender esse garoto por conta do que você chama de suposição, estou lhe dando motivos para que o vigie e o tenha como suspeito, para que interrogue as testemunhas novamente jogando essa possibilidade. O que estou te pedindo... É que faça seu trabalho. Disse em um tom de voz grave, me sentindo irritada.

Roan me encarou, mas aqueles seus olhos verdes não me intimidavam. O encarei de volta.

- Tudo bem. Vou manter a segurança perto de seu dormitório redobrada...

- E?

- E vou reportar este fato para o Sr. Dante.

- Preciso que faça um relatório e diga que você acredita veemente nesta possibilidade.

- Tudo bem. Eu farei.

- Ótimo, do jeito que Dante é um machista inescrupuloso, vai passar a se preocupar depois de ouvir sua palavra.

- Infelizmente tenho que concordar. Ele disse.

- Obrigada, Roan.

Roan acenou com a cabeça e me acompanhou até a porta. Talvez ele não fosse tão ruim como eu pensava.
Quando Dante recebesse o relatório, saberia que se o chefe de segurança estava preocupado com um determinado assunto, as coisas na universidade estavam bem feias.

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