W. Dante

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((POV LEXA))

- Tira esse sorrisinho de satisfação da cara. Eu disse irritada, sentada a frente de Pike.

- Tenho uma proposta. Ele disse.

Eu ri, alto, exageradamente.

- Não acho que você esteja em posição de me fazer proposta alguma.

- Você me solta...Da um jeito, fala com aquela sua ex mulher e eu te conto tudo. Absolutamente tudo.

- Eu não vou te tirar daqui, Pike. Até que me prove o contrário, não vou mover um dedo.

- Mas você veio até aqui, não veio? Alguma dúvida você deve ter.

Ele estava certo.

- Eu só acho que você não seria tão burro pra sair abusando de alunas no meio da universidade. Disse com a sobrancelha arqueada.

- Não foi eu. Ele me chantageou e continua chantageando.

- Ele quem, Pike?

Pike olhou pros lados, garantindo que podia falar:

- Ele sabe que você ta aqui, Pramheda, eu não posso falar, mas eu posso te ajudar a descobrir.

Olhei para Pike sem paciência:

- Você não espera que eu fique aqui enquanto você faz joguinhos comigo. Ou você fala algo de útil ou eu vou embora e você nunca mais vai me ver. Eu disse ameaçando me levantar.

- Espera. Ele disse agarrando minha mão.

- Olhe as saídas.

Franzi as sobrancelhas irritada.

- Vai pro inferno, Pike. Que você apodreça nesse lugar. Eu disse indo embora.

- Pramheda, espera... Espera. Ele gritou e logo em seguida sai batendo a porta.

Aquilo estava uma palhaçada, um filme de suspense muito mal contado. Eu ia ter que dar uma de detetive agora?

Fui até a recepção avisar que estava indo embora:

- Senhor, acabei de sair da sala de interrogação, estava conversando com o senhor Charles Pike. Informei, para receber meu documento de volta, o que eles pegaram de mim na entrada.

- Só um segundo. Disse o guarda se levantando. Ele pegou uma pasta e veio até o balcão, onde eu tinha os cotovelos apoiados sutilmente.

- Aqui seu documento e assine aqui por favor. Disse me entregando uma folha.

- O que é isso?

- É sua saída.

- Tudo bem. Peguei uma caneta e assinei apressadamente. Olhei de relance a folha, continha o nome de Pike e informações como endereço e documentação, embaixo dois nomes assinados.

"C. Applegate", Costia veio avisa-lo que eu queria vê-lo.

"K. W. Dante" Meu coração se possível, falhou por um momento, derrubei a caneta no chão com o que acabara de ler.

- Wallace Dante? Disse sentindo minhas mãos tremendo. – Essas são as pessoas que visitaram Charles Pike, senhor? Perguntei ao guarda.

- Essa informação é confidencial, moça. Ele disse.

Olhei pra ele respirando fundo. Ele percebeu que era bem imbecil da parte dele dizer isso, quando eu estava com uma merda de folha na mão escrito ENTRADA – SAÍDA e nomes assinados. Se bem que era ainda mais imbecil da minha parte perguntar, mas ao perceber minha expressão de irritação, ele disse:

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