The "L" Day

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((POV CLARKE))



Eu estou a mais de uma hora encarando este volante. Não porque ainda estou chocada com a percepção que acabo de ter, oh, não!

Mas porque não me acho capaz de dirigir duas horas de estrada estando no efeito de ácido.

As coisas não se distorcem mais com tanta densidade, mas estou completamente agitada. Poderia ir correndo pra casa. Percebi que não parei de mexer minhas mãos e pernas desde a hora que entrei nesse carro.

- O que eu faço? O que eu faço? Inferno.

Não posso ligar pra Lindsey, ela vai encher meu saco, apesar que seria demais curtir essa festa com ela. Saudade dos velhos tempos.

- Não, Clarke. Foca!

Como você vai focar, sua anta, você não consegue nem mesmo parar de encarar o volante pois achou essas cores incriveis. Que marca é essa?

- Meu deus, esqueci a marca do meu carro!

- Meu deus, será que esse é mesmo meu carro?

- EU ENTREI NO CARRO ERRADO!

Não! Não! Foca. É minha chave e tem aqui uma garrafa de suco que tomei fazem duas semanas. Porra! Duas semanas, Clarke? Que sujeira.

Acho que vou arrumar o carro.

Uma hora passada, já tirei todo o lixo e coloquei em uma sacolinha, passei aspirador ( sim, eu mantenho um aspirador portátil no carro ), até mesmo limpei meu porta-luvas, que tava uma nojeira. Achei papel de doce que vencia em 2014. Eu nem tinha esse carro em 2014.

Esse ácido deve ser muito ruim, esse efeito não passa e além do mais fico tendo picos de sobriedade. Eu só queria ir pra casa.

Entrei no carro novamente e respirei, mas alguém me assustou, batendo no meu vidro:

- Deixou de estudar comigo pra vir a festa, moça?

Porra, cacete, era o Finn.

Abri o vidro do carro, nem sei porque. Me virei com um sorriso amarelo.

"Haja naturalmente, haja naturalmente."

- Pode crer.

"Pode crer? Pronto, agora ele vai entrar aqui e abusar de mim, parabéns, Clarke."

Ele me olhou com uma cara de desconfiado:

- Você está bem? Perguntou.

- Eu to linda.

"QUE? Isso é ácido, Clarke, não uma pílula de permissão pra ser imbecil. Recomponha-se"

Ele sorriu:

- Disso eu não tenho dúvidas. Eu to preocupado, Clarke, não acho que esteja bem pra dirigir. Quer uma carona?

- NÃO! Eu gritei completamente sem necessidade, assustando o garoto.

- Calma, você está preocupada com seu carro? Eu to com mais gente, alguém pode leva-lo.

- Não, Finn Collins. Não sei pra que disse o nome completo dele. – Eu estou ótima. Sou plenamente capaz de dirigir até em casa. Obrigada.

- Ok, Clarke. Mas saiba que não aguento mais isso. Disse parando de me encarar.

"Isso o que, meu filho?"

- Isso o que?

- Você! Esse seu joguinho. Saiba de uma coisa sobre mim. Não é desse tipo de joguinho que eu gosto. E agora, vamos jogar o meu jogo. Ele disse. Parecia vermelho de raiva. Deu um tapinha no meu carro e saiu andando.

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