Partida

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Até que Benjamin me pegou pelo braço, me puxando, e deu a ordem de execução de Rufio.

EU NÃO PODIA ACREDITAR, Rufio iria ser executado no final da tarde, e tudo isso por minha culpa? O que eu estava fazendo?

As ondas de dúvidas vinham como um turbilhão em minha mente.

Ao entrar na corte, novamente presa, fui direto a sala do trono falar com o meu irmão. Fui em passos largos, e os guardas colocaram a mão na maçaneta dourada, da porta de madeira escura que dá a sala do trono.

- Eu avisei que ficasse longe dele, para o próprio bem do mesmo! - disse Benjamin

- O que você está fazendo, seu monstro asqueroso? Você não é meu irmão! - disse gritando

- Está bem, Helena, escolherás, ou ficarás aqui, e casarás com Arno, ou irás para um convento em Nápoles na Itália! - falou ele, levantando do trono

- Tu tens alguma dúvida? Mande preparar a carruagem e os guardas, partirei ao amanhecer para Nápoles! Mas, peço que liberte o Rufio da sentença de excursão!

- Está feito! Irás para Nápoles, e eu libertarei Rufio!

Fui para meu quarto, arrumar minhas coisas. Bom, pensando por um lado, poderia ter terminado pior, eu poderia está me casando com aquele ogro horrível, Rufio poderia está com a cabeça degolada no entardecer, e tudo estaria acabado em minha vida!

Coloquei todos os vestidos, joias, espartilhos, em seus devidos lugares, até que peguei em um lenço, muito especial, era da minha mãe, era um lenço bordado, trazido da Itália. O coloquei perto de meu rosto, e sorri. Como ela me fazia falta, como eu queria ter visto seu sorriso, para ter uma lembrança bela, nos dias tristes, o único sorriso angelical que tenho em minha lembrança, é de meu pai, jamais esquecerei daquele doce sorriso!

O dia tinha passado de pressa, já estava escuro. Já estava tudo preparado. Me deitei em minha cama, virei para o lado oposto da porta, até que vi alguém entrar.

- Helena? Poderei entrar? - Falou Benjamin

- Ah, sim, pode! - falei me sentando

- Olha, quero te pedir desculpas por tudo que vem acontecendo nos últimos dias, toda essa conturbação quem vem em sua mente, é tudo culpa minha! Me desculpe, por favor! - disse Benjamin sentando na cama e pegando em minha mão.

- É... Eu te perdoo, meu irmão. Está tudo se encaixando, amanhã partirei para Nápoles, lá poderá ser um aprendizado para mim! - disse eu, olhando para ele.

- Sabe, minha irmã, eu te amo! Peço que nunca esqueça disso, você é a única que me restou! - falou Benjamin me abraçando.

- Também te amo, querido irmão! Mas faço o último pedido, não faça nada com Rufio! - disse, olhando em seus olhos.

- Eu dei a você minha palavra, nada irá acontecer com ele! - falou Benjamin encostando sua cabeça na minha.

- Então está bem! Sentirei sua falta! - falei

- Também sentirei a sua. Que Deus a proteja, minha querida!

Ele saiu do meu quarto, e eu voltei a deitar.

O sol já havia nascido a leste; é... Está na hora de seguir meu caminho!

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⏰ Última atualização: Jun 16, 2017 ⏰

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