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O Susto.

Capítulo I

Um certo dia Anna acorda com uma coceira terrível em seu corpo, se levanta da cama e vai em direção ao banheiro, ela abre a porta olha para o espelho que é grande e levanta sua blusa para olhar como seu corpo estava, então Anna se choca ao ver o seu corpo roxo com pequenas feridas que sangravam conforme a intensidade da coceira, como Anna era da área de enfermagem ela resolve ir para o hospital mais cedo, pega uma toalha vermelha que estava jogada em cima de uma cadeira velha no quarto e em seguida vai tomar um banho, cada gota que batia em seu corpo faziam Anna esboçar alívio em sentir suas marcas pararem de coçar enquanto lava seus cabelos castanhos e cacheados, passasse 5 minutos e ela sai do banho.
Quando entra no quarto Franz pergunta :
- O que houve meu amor? Por que acordaste tão cedo? Apenas são 5 da manhã, você levanta as 8. Diz Franz com o rosto amarrotado e expressão preguiçosa de tanto dormir.

- Eu não dormi direito, acordei com o corpo pinicando e tomei um banho pra aliviar, minha barriga está irritada, há machucados por todo lado, olha isso. Diz Anna preocupada.

- Céus! Isso deve ser mais uma de suas alergias novamente, mas isto está horrível, você quer ir para o médico?

- Não precisa me acompanhar eu estou indo mais cedo pro hospital, vou tentar passar com o médico, fique com a Violet por favor, hoje ela tem prova na escola e é muito importante que você ajude ela se acalmar, ela tem passado por crises de ansiedade agudas e isso me preocupa. Anna então coloca seu avental, prende os cabelos e calça o seu tênis branco, da um beijo em Franz que volta dormir e vai até o quarto de Violet dar um beijo em sua testa.

É 11:00 da manhã e Franz acorda, abre a cortina e se depara com um lindo dia de sol, sem alguma nuvem se quer e com o céu extremamente azul, escova os dentes e desce uma comprida escada que dá acesso a cozinha, chegando lá ele encontra a sua filha Violet estudando para prova :
- Filha qual matéria você precisa de ajuda?

- Pai, eu estou confusa em Física. E coça a cabeça repentinamente .

- Física? Porque não me disse antes querida? Eu sou arquiteto esqueceu? Sei tudo sobre física, depois que eu sai da Igreja eu ganhei uma bolsa e conquistei o meu lugar nas melhores universidades.

- Pai, eu nunca tinha te perguntado mas, por que você abandonou a Igreja?

- Eu era católico quando tinha sua idade, hoje com 45 anos eu não gostaria de ter passado o que passei naquela época, mas tudo aquilo me serviu de aprendizado. Eu era cardeal, aquele cara que era inseparável do padre sabe? E um dia ele foi convocado para um Exorcismo, só se falava naquele caso, foi um dos piores na época, mas ele não podia ir sozinho e chamou quem? Sim, ele me chamou! E eu apenas tinha 18 anos, então ele disse a mim que a partir daquele momento, se eu topasse participar daquele exorcismo eu sempre o acompanharia nesses casos, eu como não tinha noção do que esperava topei, então eu fui com ele e chegando lá a sensação que tive foi estar cercado de demônios por todo lado, quando o padre tocou aquela campainha que tinha um sim agudo e longo eu realmente tive a certeza de que tudo ia mudar depois daquele dia, e então uma senhora de aproximadamente 85 anos, cabelos parecendo neve, manchas nas mãos, vestidos velhos e coloridos com aquele cheio de sabonete abre a porta, a casa tinha um cheiro desagradável que fazia arder o nariz, de fato eu nunca esquecerei aquela imaginem de um homem deitado no sofá, se contorcendo inteiro e gritando palavras horríveis em minha direção, eu fechei os olhos e comecei rezar, o padre me pediu calma e disse pra mim pegar a água benta que ele guardou em sua mala, ao me virar de costas pra pegar a mala eu vi sangue voando pela janela, me virei rapidamente e era aquele homem que vestia uma blusa branca, bermuda bege, ele tinha os traços indígenas e os cabelos bem lisinhos, naquele momento ele vomitava sangue, não eram apenas sangue mas sim coágulos. Uma força anormal tomou conta do seu corpo, ele foi ficando com uma expressão agressiva e feroz, suava muito, aquela senhora era tão calma com aquele rapaz e eu por dentro desesperado parecendo que havia uma britadeira dentro de mim.

O celular de Violet toca, era o despertador dizendo que faltava 5 minutos para ela ir a escola.

- Pai outra hora conversamos, fiquei muito interessada em terminar de escutar a sua história mas agora tenho que me apressar, guardar estes livros e ir pra escola, preciso chegar um mais cedo pra ajeitar minhas coisas e estudar mais um pouco na sala.

- Ta bom minha linda, se cuida vai com Deus, papai vai se arrumar pra ir trabalhar também, hoje meu dia é longo e estou preocupado com a sua mãe.

Eram 18 horas e chegava Violet da escola, abriu o portão de casa, passou pelo gramado e chegou na porta, colocou sua mão em seu bolso e pegou a outra chave para abrir a porta, entrou, passou pela sala e jogou sua mochila no sofá suspirando de alívio por ter chego em casa, Violet abre a geladeira, coloca um pouco de suco de Uva no copo, vai até a sala e assiste há uma reportagem sobre um crime nos E.U.A, Violet passava boa parte da sua vida em casa, não tinha amigos pois achava que não podia confiar em ninguém, tinha apenas colegas mas que apenas ficavam na escola, sua vida era com seus pais, como sua mãe trabalhava o dia inteiro cuidando de pessoas, o melhor amigo dela era o pai.

Violet então resolve desligar o noticiário e ir tomar um banho longo, quando sai coloca seu pijama, estende sua toalha pink no varal e entra pra se esquentar na cama, pega seu celular e entra em um mundo paralelo só dela.

Franz chega em casa e vai diretamente tomar um banho, quando sai e se troca bate na porta do quarto de Violet :

- Pode entrar Pai. Como foi seu dia hoje?

- Foi ótimo, trabalhos produtivos que renderam uma graninha pra nós 3 nos divertimos no final de semana, mas confesso que estou pensativo na sua mãe.

- O que houve com a mamãe?

- Hoje ela reclamou de uma coceira terrível que deixou seu corpo cheio de hematomas, mas há dias ela se coça e não percebe, o que me preocupa é que seu corpo está ficando com feridas expostas e ela só foi dar conta hoje.