Eu estava sozinha em casa, deitada na cama, já eram onze da noite. Eu estava me lembrando dos momentos que passei com Tae, não tinha nem uma semana e eu já estava com saudades, eu tinha que vê-lo, mas nunca iriam me deixar entrar, quando eu pensei nisso, eu já estava no portão do hospital, só sabia que queria, precisava vê-lo.
Só tinha poucas pessoas na recepção, uma mulher com dois filhos que chorava, um senhor de meia idade que parecia estar dormindo, e uma garota bem joven que parecia cochilar. Eu me sentei perto da mulher e seus filhos, ela me olhou e sorriu.
-Esta esperando alguém ?
-Não, e você ?
-Meu filho de dezoito anos, Guilherme, ele esta no segundo andar, sofreu um acidente de moto hoje de tarde.
-Ele esta bem ?
-Sim, sim. Já esta bem melhor...é só que...fiquei preocupada.
-Entendo, o importante é que ele esta melhor...
-É, é. Tem razão...você, pode me fazer um favor ?
-Claro.
-As crianças estão com frio, quando me chamarem você pode, por favor, me chamar ? Estou naquele carro vermelho ali.
-Sim, pode deixar. -Ela se levantou e pegou na mão das crianças e as levou para dentro do carro. Eu acabei de ter uma ótima idéia. Fui até a recepcionista.
-Com licença.
-Sim ?
-Meu...namorado esta aqui, eu posso vê-lo ?
-Nome completo...
-Guilherme...ah...
-Ah, sim. Você esta com aquela mulher que estava sentada ali. Deixa eu ver...Guilherme Valger...segundo andar, sala 9. Vai lá.
Não acredito que deu certo, eu peguei o elevador e subi até lá. Agora eu tinha que ter a infinita sorte do Tae estar nesse andar tambem. Não tinha ninguém no corredor, eu abri porta por porta, do 1 ao 9. Não era ele, vi que o garoto da nove estava bem mesmo, ele estava sentado mexendo no celular. Só me restava a porta 10. Se ele não estive lá, isso tudo foi em vão. Eu coloquei a mão na maçaneta, eu estava tremendo.
Eu finalmente entrei, mas quando olhei para ele, me arrependi de ter entrado. Seu rosto estava todo arranhado, seu olho estava roxo, uma lágrimas escorreu dos meus olhos, eu via seu peito subir, ele estava respirando, ainda bem. Eu me aproximei lentamente, tinha um banquinho ao lado dele. Eu me sentei ao seu lado, agora eu chorava ainda mais, eu estava com medo de pegar na sua mão. Ele abriu os olhos, quando me viu ele sorriu.
-Estou tão ruim assim ?
-Eu sinto...
-Já disse que não foi sua culpa.
-Me promete que você nunca mais vai machucar de novo, eu te proibo.
-Meu anjo, eu não posso prometer isso. -Meu coração pulou no peito com o apelido.
-Eu queria que você estivesse fora do hospital para eu poder te mandar pra ele de novo, não tem nem dois dias que você esta aqui e já parece dois anos. -Ele segurou minha mão, e olhou para nossas mãos entrelaçadas.
-Eu sinto muito...
-Eu queria ter vindo aqui assim que você sofreu o acidente, mas me proibiram e...
-Como assim te proibiram ?
-Eu...nada.
-Yuna, me diz.
-Não é nada de mais. Eles disseram que era melhor eu não te ver...por um tempo, por causa das fãs e essas coisas, mas eu não consegui esperar.
-Eu sinto muito, eu queria que as coisas fossem diferentes para você. -Eu me sentei na cama ao seu lado, ele arredou para o lado para me dar mais espaço, ele se sentou e eu encostei a cabeça em seu peito.
-Tá tudo bem agora. -Ela passou a mão pelo meu pescoço e pegou o colar.
-Parece que você achou meu presentinho.
-Parece sim...
-Eu vi e achei que tinha tudo a ver com você.
-Eu não sou nenhum anjo.
-Pra mim é. Nem tente discutir, só aceite.
-Tudo bem... - Do nada eu comecei a chorar. -Eu achei que tinha perdido você.
-Meu anjo, não chora. -Ele me abraçou. -Eu estou aqui, você não vaí se livrar de mim tão fácil.
-Para de me chamar assim, se não eu não vou embora nunca.
-Promete ? -Ele estava sorrindo, nas eu senti a necessidade de responder.
-Nem se eu quisesse.
Nós ficamos um tempo só abraçados.
-Ê melhor você ir, se te pegarem aqui você vai se meter em problemas.
-Eu não vou te deixar.
-Eu tô bem tá, o médico disse que amanhã mesmo eu ia poder voltar pra casa.
-Jura ? -Eu me levantei.
-Juro, eu queria te pedir uma coisa, eu não sei se você vai aceitar, provavelmente não mas não custa arriscar, eu venho pensado nisso a um tempo mas não tinha certeza se realmente queria mas depois de ver hoje aqui hoje eu tive certeza que você nunca me machucaria, e que eu nunca deixaria nada te machucar, nunca. -Ele falava tudo muito rápido.
-O que você quer dizer ?
-Eu não estou na melhor situação para te pedir isso mas eu acredito que a intenção é a que importa, mas eu...Ahhh eu tô enrolando demais. Yuna, não sou a cara mais bonito do mundo, muito menos o mais engraçado, eu não vou poder te dar todo o meu tempo, e você provavelmente vai ter que me dividir com as minhas fãs e eu não vou poder passear com você na rua ao no shopping ou em todos esses lugares que você gosta...enfim. Se você estiver disposta a abrir mão disso tudo, você vai ganhar meu coração, na verdade você já o tem...à muito tempo...o que eu quero dizer é que...
-Você esta me pedindo em namoro ?
-Sim, sinto muito não poder fazer isso direito, não vou poder ajoelhar em te dar um anel mas é que eu não vou conseguir dormir se não ouvir a sua resposta. -Ele segurou minhas duas mãos. -Yuna, você quer namorar comigo ?
-Você ainda pergunta. É claro que sim.
Continua...
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Coffee... Kim Taehyung
FanfictionCapa: MandyHiny Yuna Kaede é uma garota de 19 anos que trabalha em uma loja de cafe. Sua vida muda completamente quando conhece Kim Taehyung um integrante do grupo BTS. A partir dai eles viram amigos, mas essa amizade não dura muito...