Na mansão de Firat

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Célia, Firat e os seguranças descem no aeroporto de Nova York, Engin está com a aparência horrível de quem não dorme a dias e nem no avião conseguiu relaxar, mas também não falou nada sobre o que aconteceu, entraram em duas SUV e seguiram para Lattingtonw, Firat a medida que vai se aproximando de sua residência se torna visível sua reocupação e receio, Célia percebeu e começou a achar que foi uma péssima ideia em ter aceitado a ficar em sua casa até conseguir um bom apartamento próximo ao escritório, olhou para Engin que também está apreensivo e começou a ficar apavorada, apenas via estrada a sua frente e nada de pararem, até que o motorista entra em uma rotatória e faz a volta, entrando em um bairro residencial de mansões, uma mais linda que a outra, mas a dela em Istambul não tinha igual e como amava sua casa e como sentiu saudades dela, se preocupou com seus gatos, pretenda trazê-los para cá assim que se instalasse, pensou em contratar um executivo para tomar conta das tecelagens até esse pesadelo acabar e ter uma definição, mas não abriria mão de viver em Istambul sua cidade que aprendeu a amar, até da neve sentia falta e esse pensamento a fez rir. O carro entra em um lindo jardim, a casa é enorme e mal conseguiu contar a quantidade de janelas que existiam nela, Firat respira fundo e sem dizer nada desce do carro antes que o motorista abra a porta e pede para pegar Nilufer no colo, Célia o olha desconfiado, mas ele sorri paternalmente e ela entrega a menina a ele, descendo logo em seguida do carro, olhando para Engin e os outros seguranças com olhar ameaçador, Só Engin parecia neutro a tudo e a todos, um arrepio percorreu seu corpo, parecia que estava entrando em um enigma onde muitas coisas viriam a tona, engoliu em seco e por algum motivo sentiu vontade de chorar e de não entrar naquela casa e parou na ponta da escada, Firat já estava próximo a porta com Nilufer nos braços e a olhou.

- Venha minha filha... Não tenha medo... Essa casa é sua também... - Ele sorriu, abriu a porta e fez sinal para ela entrar.

- Eu... Eu não quero entrar... - Seu rosto está apavorado.

- Não tenha medo Célia... - Foi a primeira vez que ele disse seu nome verdadeiro.

Célia o olhou e sentiu ternura em sua fala e seus olhos se encheram D' água e lentamente pisou no primeiro degrau e uma lágrima caiu, subiu o outro degrau e não conseguiu conter mais o choro silencioso e entrou, Firat entrou a traz dela e fechou a porta, acompanhando Célia com os olhos enquanto andava pela sala até a lareira onde tinha vários porta retratos, mas antes de fixar os olhos nas fotos, ela correu o olhar pela bela casa, tudo ali era branco e dourado com um toque de madeira mogno, parou e olhou para Firat que segurava Nilufer largada em seus braços, dormindo tranquilamente e sorriu, enxugando o rosto e sorrindo triste e voltou o olhar para a lareira que estava acesa e viu as fotos, duas fotos em preto e branco estão dispostas uma do lado da outra, eram duas bebês parecidas, mas com roupinhas diferentes, Firat e uma moça muito bonita sorriam, eram jovens e pareciam tão apaixonados e ela correu os dedos na foto, seus olhos estão embaçados, não queria continuar chorando e teimavam sair de seus olhos, passou os dedos nos olhos e pegou uma das fotos a traz da dos bebês e é escutado uma voz feminina e seu salto batendo no piso de madeira.

- Firat?... É Você!? - Diz a mulher entrando as pressas na sala.

Firat ainda faz sinal para ela ficar onde estava, mas é tarde demais, as duas se encaram e Célia vem ao chão derrubando o porta retrato no chão, quebrando o vidro em mil pedaços, a senhora tomba do outro lado da sala, agora eram duas para Firat acudir.

 

Jacob (Volume 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora