Yan está morto de ciumes

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Beguzar não diz nada e sobe em silencio, Engin passava em suas mãos um lenço limpo e ela fazia careta pela preocupação, mas se sentiu tão bem em dividir aquele momento e o cobertor, as luzes estão apagadas apenas o abajur da canto do sofá estava acesa, colocou a bolsa de mão no aparador do Hall de entrada, Engin veio com uma toalha úmida e novamente esfregou em suas mãos.

- Que exagero Engin!... Ele estava limpo, nem cheira mal!

- A senhora deve ir para o banho e por as roupas dentro deste saco!- Engin estende um saco preto.

- Vai jogar meu vestido lindo fora Engin?

- Não senhora!... Amanhã cedo levo para a lavanderia e mando lavar e Higienizar.

Berguzar pegou o saco na mão e desejou boa noite para Engin, entrou na sala e levou um susto.

- Transou com ele não foi!? - Yan está sentado na poltrona longe da luz.

- O que faz aí?... Por que não foi dormir!? -  Ela acende o outro abajur, Yan está com a camisa aberta, o tornozelo sobre o joelho, um braço pendia no braço da poltrona e o outro estava apoiando o cotovelo no braço da poltrona e mordiscava o canto de dedão, sua voz é triste e a olhava sem piscar, um copo de uísque está na mesinha ao lado.

- Eu fiz uma pergunta...

- Não!... Apenas jantamos como todas às vezes... - Ela bate com os dedos no encosto do sofá. - Eu estou respondendo por que sou educada Yan, mas é uma pergunta muito particular e se eu quisesse em não responderia, eu tenho todo o direito!

- Você gosta dele?

- Pode parar! - Ela sai e segue para o andar de cima, subindo as escadas correndo, Yan vai a traz.

Os dois entram no quarto juntos e ele a pega pelo braço.

- Só me diz que gosta dele e acaba logo com esse meu sofrimento!

Berguzar não diz nada, os dois ficam se encarando, as mãos de Yan se afrouxa, ele e acaricia seus braços.

- Eu acabei de ter um encontro com um mendigo Yan!... Gostaria de tomar um banho antes que Engin surte e venha até aqui para pegar minhas roupas!... - Sua voz sai tremida e sussurrada.

- O... Quê?!... - Yan a solta assustado.

- Eu me sentei ao lado de um mendigo... Ele me ofereceu a coberta... Eu me cobri... Conversamos por um bom tempo... E ele comeu e me contou sua história e eu subi... Preciso de um banho!... E se não se importar... Quero ficar sozinha!

- Você não existe Berguzar!... Quem escuta você contar, não acredita!... - ele se afasta e sai do quarto.


Jacob (Volume 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora