24 - Família!

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Sem abrir os olhos ainda sinto o corpo de Bruna encolhido e colado a mim, então a olho e me surpreendo que também está me observando.

-Bom dia! - ela fala e me dá um selinho.

-Bom dia! - falo em seus lábios. -Que horas são? - ela faz uma cara de dúvida.

-Não sei, acordei faz um tempo, mas preferi te ver dormir! - seguro em sua cintura e viro-a fazendo ficar deitada comigo por cima.

-Só não pergunto como quer aquela comemoração, pois às dez seu pai vai estar aí... - ouvimos batidas na porta. -Entra!

-Com licença! - ouço a voz de minha mãe e me ajeito.

-Bom dia, senhora Ryan! - Bruna sorri se sentando, está cada vez melhor seus movimentos.

-Pelo menos alguém aqui me deseja bom dia! - ela me fita e sorrio.

-Bom dia, mãe! - ela assente e sorri mais ainda. -O que houve para levantar tão cedo...

-Cedo? - ela franze o cenho e fica séria. -Já é dez e meia e o pai de sua noiva está esperando lá em baixo! - arregalo os olhos, eu realmente estava exausto.

-Já vamos... - ela assente e se vira. -Mãe... - ela me olha antes de passar pela porta. -Obrigado por hospedar eles! - ela sorri.

-Eles merecem um lugar tranquilo para matarem a saudade! - ela sorri e se afasta.

-Porque é tão frio com sua mãe? - levanto minhas sobrancelhas e fito Bruna.

-Não sou frio com ela, minha mãe que tem uma personalidade forte... - me levanto da cama e pego minha máscara que ainda estava no criado mudo.

-Você é ela na versão masculina! - paro no instante que ouço aquilo, me viro e ela está sorrindo de lado. -Pode tentar negar, mas você e sua irmã são iguaizinhos a ela, com um pouco mais de desconfiômetro, mas são idênticos! - relaxo meus músculos e volto a andar em direção ao meu guarda roupa.

-Talvez... - abro um fundo falso na parte de baixo no móvel e coloco minha máscara lá.

-Me desculpe Joseph, mas ela é sua mãe, e não importa como ela se comporta, vai continuar a ser sua mãe e a única que tem, depois que ela morrer, se arrependerá de tudo que disse um dia a ela! - sinto que ela está tensa pela situação de não ter conseguido conhecer sua própria mãe e seu pai estar na sala de estar de casa.

Me levanto e me viro para Bruna, ela está séria e me observando, ela não estava tensa, estava brava comigo, por tratar minha mãe daquele jeito.

-Ela... - ela nega.

-Mãe é uma pessoa e não uma máquina que te deu a vida! - ela segura sua perna esquerda e coloca para fora da cama, me olha e coloca sua perna direita junto a outra. -Não vai contar quantos segundos consigo ficar em pé? - sorrio e me aproximo segurando suas duas mãos.

Dou um leve puxão e ela se equilibra com facilidade, perco a conta quando chego no segundo minuto, ela sorri e solta minhas mãos, respira fundo e da o primeiro passo, arregalo meus olhos e da o segundo, mas se desequilibra e seguro-a.

-Quer ter filhos? - fito-a e não entendo a razão dessa pergunta. -Quer ou não? - ela continua a me olhar enquanto ajudo-a a se sentar.

-Sim, porque a pergunta? - ela sorri e segura meu rosto com as duas mãos.

-Quer nossos filhos me tratando do mesmo modo que você e sua irmã a tratam? - tranco meu maxilar.

-Mas você é... - ela beija meus lábios.

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