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                 Fronteiras Físicas.

Dedicado à Leonardo Aguiar e Kailla Siane Saraiva

A curiosidade que tenho de olhar em seus olhos, nunca se supreme.

Meu coração era medonho, repugnante, incapaz de amar alguém.

Estava mordaz ,destrutivo, e o principal, mortiço, preste a se apagar.

Ela era legítima, matrona, seus olhos eram como miscelânea, uma mistura de coisas diversas.

Seu sorriso era metálico, toda vez que se abria , um espetáculo para meus olhos.

Lamuricava todos os dias, todas as horas , e todos os segundos, ela não estava ali, estava longe , e isso me atormentava, me ensandecia.

Seus olhos abundantes de cânfora, era um abisal, cheio de curiosidade e inocência.

Sua pele era lustrosa, acetina, como desejei toca-la por mínimos segundos.

Sua pele era gélida, como as águas do oceano Atlântico.

Seu amor me espanchava, queria acarinha-la todos os momentos , juntando meu corpo ao dela , a efervescência como a de um vulcão.

Menina travessa, seus olhos como os do carvalho, seus cabelos como a noite, era como um martelete, quebrantava cada pedaço de meu coração.

Seu coração era uma mina , que não evitaria em minar ,conhecer cada parte, cada jóia precisa que se habitava nele.

Sua voz era monótona, era apenas aquela combinação de diversos sons que queria ouvir, me enfeiçava como nunca.

Em meu coração, ela fazia morada ,ela o aclarou, o elucidando, tornando claro.

A espera me ensandece , em seus braços procuro amparo, em você, quero cárcere sem fim.

Seu perfume adocicado, as bochechas avantajadas e levemente ruborizadas , quando sorri, era como uma cascata, a beleza pura.

Aquela que quebrantou o coração de gelo,que não mediu esforços para me encantar, era dona do meu eu.

A espera seria longa, iria provocar em minha mente,tudo o que iremos passar.

Um dia , tudo irá acabar, tornando dessa escuridão, um haja luz.

Nathália Silva

12.05.17

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