CAPÍTULO 36

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THÉO ALEXANDRE MANZITTI

Uma rápida conferida no relógio constato que era quase duas da manhã, faço uma careta em desgosto por aquela cadela vadia ter a ousadia de me chantagear. Mas também havia algo dentro de mim que estava rosnando como uma fera que só queria estraçalhar a carne dela.

Giovana iria me pagar caro por todas as vezes que entrou em meu caminho, vai saber que não sei ser bonzinho e que muito menos sei perdoar.

- Puta imunda! - murmurei no interior do carro, apertando forte a direção, a raiva ultrapassando todos os meus limites.

Olhei pelo retrovisor, e certifico que não estou sendo seguido antes de entrar no prédio do Marlon.

A minha maior vontade era de encontrá-la e mandar a vagabunda para o inferno de uma vez, mas ainda não poderia, preciso tomar cuidado, ter cautela e paciência, muita paciência.

Assim que saí para fora dos portões de casa, fiz duas ligações, primeiro foi para o chefe de segurança, dei o endereço que a vadia me passou para Eric, ele verificaria o local num bairro que eu mesmo não conhecia nada, nunca estive naqueles lugares, estava ciente que era num bairro pobre da cidade, mas agradeci por isso, significaria que não teria monitoramentos de câmeras nas ruas, e com cuidado ninguém me reconheceria. Eric só teria que verificar se a barra estava limpa, E que eu não teria surpresas.

Para o que tenho em mente só uma pessoa que confiasse, que não teria medo e fosse rápido. Por isso liguei também para o Marlon. Ele ficou muito puto, sei que exigi algo quase impossível para ele em tão pouco tempo, mas ele era a minha chance de pegar aquela cadela.

Marlon já me aguardava no estacionamento do prédio, andava de um lado para o outro, conhecia bem os sinais. Ele queria me encher de porrada.

Desliguei o carro, e sorrio da cara dele.

- Que bico é essa princesa?

- Princesa? Que porra você tem na cabeça, Théo?

- Eu já expliquei pelo telefone. Está com tudo aí?

Ele passa-me uma garrafa de vinho e duas taça

- O que é isso - Resmunguei.

- Você vai ter que enrolar a vadia enquanto consigo o resto, você só me disse que aquela puta estava te chantageando e que irá se encontrar com ela, mas não me disse o que vai fazer ainda.

- Pensei que já teria adivinhado quando pedi que me arrumasse aquela merda.

Marlon arregala os olhos por um momento, mas se recupera rápido.

- Ok. Certo. Você a terá em suas mãos em vinte minutos no máximo.

― Certeza?

― Sim, só precisa ter contatos e dinheiro que tudo vem correndo para as nossas mãos.

Balancei a cabeça concordando, Marlon também me entregou um moletom com capuz, quanto mais discreto melhor.

Depois que Eric confirmou que estava certo, tudo indicava que Giovana estava sozinha, respirei fundo doido para me encontrar com a cadela. Irei com o carro do Marlon, já que estava certo que irá trocar por outro modelo.

Depois que nos livramos das placas fiquei pronto para sair.

― Ah! Mais uma coisa Théo, se fosse você não beberia o vinho.

Entendendo o que ele queria dizer. Sorrio satisfeito.

― Valeu!

― Só para deixa-la um pouco lenta. E você ganhar tempo.

OBSESSÃO  DO  AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora