Uma vez por ano acontecia o Baile de Máscaras. Era uma evento esperado por todos na cidade, uma tradição. Era minha primeira vez em um evento como aquele e eu estava muito animada. Havia me mudado há dois meses e confesso que fiquei apaixonada pela cidade: casas antigas, parques e bosques repletos de flores e um rio límpido e azul cristal. Seria o lugar perfeito para um recomeço.
O dia do baile chegou e eu estava mais do que satisfeita com minha imagem. O vestido azul marinho brilhante sem alças moldou perfeitamente em meu corpo, o decote em V em minhas costas se estendia até a curva de minha bunda. O Cabelo amarrado em um coque elegante, e por fim a máscara que era coberto de brilhos e strass, cobria meus olhos e uma parte das maçãs de meu rosto. Uma última olhada no espelho, estava me sentindo bela e radiante.
O salão estava bastante movimentado. O ambiente luxuoso. Os convidados, todos elegantes. A música agradável. Estava me sentindo uma princesa dentro do meu próprio conto de fadas.
Foi impossível não notar que eu estava sendo observada. Aquela sensação estranha percorrendo todo o meu corpo. Busquei nas pessoas pelo meu admirador secreto, e o encontrei.
Do outro lado do salão ele me avaliava, me medindo dos pés a cabeça, fazendo meu corpo formigar só com aquele olhar hostil. Ele ergueu sua taça em um cumprimento a distância.
Ora ora, parece que ele gostou do que viu.
Fiz um leve movimento com a cabeça, virei as costas e sai de sua visão perturbadora.
Caminhei até o jardim. Estava lindo e iluminado. As luzes led faziam toda a diferença. Fiquei um pouco a observar os balanços das folhas e a brisa fresca que aquela noite trazia. Fechei meus olhos, foi instantâneo. E não foi por conta da brisa em meu rosto, mas sim da respiração — tão quente — em meu pescoço. Senti o toque suave de sua mão deslizando sobre a minha costas nuas, transportando pequenas correntes elétricas pelo meu corpo.
— Você, com certeza, é a garota mais linda desse baile.
E que voz era aquela? Tão grave e sexy.
— E você conseguiu perceber isso mesmo eu estando de máscara?
Ele sorriu e notei o quanto seus olhos se apertaram, ficando pequenininhos atrás da máscara. Notei também que ele tem olhos lindos. De um azul raro, era tão brilhante e apaixonante. Eu poderia passar horas e horas só olhando a cor de sua íris.
— Um dos meus segredos. Não conte a ninguém.
Me deixei levar por sua aproximação e encurtei o pouco que sobrava da pequena distância entre nós, ficando bem próximo ao seu ouvido.
— Agora você está em minhas mãos.
Ele deu uma gargalhada tão gostosa que fiquei com vontade de agarra-lo ali mesmo.
Veja bem, não sou nenhuma santa, mas também não ando dando atóa por aí. Sempre fui uma boa moça, daquelas que não aprontava muito por medo de ser julgada. E já faz seis meses deste meu último namoro. Terminamos amigavelmente — Mentira! — Peguei aquele filho de uma puta me traindo. Parece que as "boas moças" só se fodem, e no mal sentido. — Bom mesmo é ser malandra. — Doeu muito, chorei horrores, mas já passou, e deste então não me relacionei com ninguém — Ainda. Porque se tudo der certo, hoje eu saio da dieta. Estou subindo pelas paredes, literalmente. E desejei muito que hoje eu encontrasse alguém que me fizesse se sentir desejada de novo, nem que fosse por apenas uma noite, contando que fosse a noite mais incrível da minha vida. E aquele moreno de olhos tão lindos será o par perfeito. Já vislumbrava nossos corpos nus e suados.
- Ok. Eu me rendo. Faça comigo o que você quiser.
Suas palavras tão divertidas, mesmo naquela voz tão quente, me deram muitas ideias de como poderíamos aproveitar aquela noite.
Não me contive, o sorriso surgiu aos poucos. Meus olhos se encantaram com o pouco que via. Os lábios tão carnudos. O rosto lisinho, aquela pinta na Bochecha. Tudo parecia perfeito nele. Se fosse em outra pessoa não teria a menor graça, mas ele… um sorriso de canto de boca e meus olhos se deliciava com tanta gostosura
VOCÊ ESTÁ LENDO
Baile de Máscaras
KurzgeschichtenA vida de Olívia nunca foi muito movimentada. Ela sempre foi uma boa garota, com ótimas notas no colégio. Não gostava de baladas e adorava namorar no sofá de sua casa. Sempre conforme mandava o figurino. Mas após ser traída por seu namorado de infân...