Pela claraboia, sem vergonha, insisto admirá-lo, porque nada nunca é suficiente. Eu vejo seus olhos derramando canções tristes e lacrimais; ele chora como se uma tempestade se camuflasse entre os brilhos de raios ultravioletas.
Seu coração se esconde atrás da lua minguante, orbitando princípios e valores, mas seu corpo permanece nu, e eu me deleito num vislumbre que deseja tocar palavras nunca ditas, deslizar entre restos de cartilagens expressas de verdades indigestas, intensamente ㅡ Ten pinta à mão livre, seus dedos manchados de um azul mais triste do que o céu ㅡ quero tocá-lo na pele efervescente, porque explorar vulcões em erupção sempre me pareceu mais desafiador do que a perversidade.
Mas não posso. Porque bastaria um toque, e nada nesse mundo seria capaz de reconstituir a nudez fragilizada, flor de cacto deserta, que usurpa as extremidades dos dedos, espinhos inocentes na incoerência da sobrevivência. Me falta água, e me falta dor para os dias difíceis.
Ele é meu. Todo meu. E eu choro em silêncio.
Você sempre esteve a um universo de distância, chorando estrelas queimando bochechas, sozinho, Chittaphon, é o que quero dizer.
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ㅡ se cadi fosse tu, atenderia lili ao reflexo. nct | ten
FanfictionVocê sempre esteve a um universo de distância, chorando estrelas queimando bochechas. [♡]› shortfic | ten | completo ©borbulhos, 2019. TODOS DIREITOS RESERVADOS.