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O almoço no palácio real de Waindorff fora silenciosamente conturbado, todos calados, e tudo que se podia ouvir era o tilintar dos talhares contra os pratos e a respiração dos ali presentes, via-se também a inquietação do rei e da rainha que olhavam apreensivamente para Rebecca e suspiravam pensando na notícia que dariam.

Então para quebrar a monotonia Darrian comenta:

— Fiquei sabendo que trocamos de cozinheira.

— É agora nós temos Mirella — Diz Gael.

— E o que vocês acham dela? — Pergunta o monarca.

— Uma ótima cozinheira — Responde Brígida.

— Ótima mesmo — Completa o príncipe.

— Prefiro Lucian — Resmunga Becca.

— Sempre do contra você hein Rebecca — Diz o pai encerrando a conversa.

Todos voltaram a comer silenciosamente, após terminaram Darrian pede as damas:

— Rebecca, Brígida, venham a minha sala.

Então Brígida e Rebecca seguiram até a sala do rei que era bastante diferente da sala da rainha, era parecida com uma floresta pela quantidade de animais que havia no local, pelas paredes cor de musgo e pelo cheiro amadeirado que tinha aquele lugar.

Os animais pareciam empalhados, mas na verdade estavam vivos e por meio da magia transformavam-se em estátuas, estátuas tão lindas que nem o mais renomado artífice poderia reproduzi-las devido à riqueza de detalhes contidos naqueles animais.

— Sentem-se, por favor — pede o rei indicando duas poltronas negras de veludo que sentindo a aproximação das damas, moveram-se lentamente para trás, permitindo que essas se sentassem.

Após estarem bem acomodadas, Brígida segura a mão de sua filha e então o monarca começa:

— Rebecca, você sabe que acabo de voltar de Gargawood.

E depois do silêncio que se seguiu ele continua:

— E o rei Allan me fez uma proposta.

— E qual seria Athair?

— A proposta é que você se case com o príncipe Luke de Gargawood.

As últimas palavras de Darrian ressonavam e rodopiavam como um redemoinho na mente da princesa, ela dá um leve arquejo de excitação, que logo preocupa Brígida que aperta com mais força a mão da garota a seu lado e exclama:

— Eu sabia que isso não daria certo Darrian! — E virando-se para a ruiva a seu lado diz:

—Você não precisa fazer isso querida!

— Não mamãe! Eu farei, farei pelo meu povo, e pelo meu país — Fala Rebecca fingindo ser uma patriota nata.

— Tem certeza disso? — Indaga Darrian.

— Sim pai — Fala Rebecca tentando disfarçar a alegria que crescia em seu peito por ser a próxima rainha da potência dos sete reinos com um falso rostinho triste, comportava-se como uma criança que era compelida a tomar o remédio mais amargo de todos, quando na verdade via a vida tornar-se mais doce, não para o povo como era o desejo de seus pais, mas para si mesma.

Logo Darrian se levanta, sendo seguido pelas duas damas e assustando um pequeno espião.

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A saga de Gargawood: A princesa esmeraldaOnde histórias criam vida. Descubra agora