Capítulo 10

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Logo depois de me acalmar levantei do chão e fui ao banheiro. Minha cabeça doía um pouco e as palavras de Adrian ficavam rodando em minha mente. Eu me sentia muito culpada e esperava do fundo do coração que ele conseguisse alguém que o amasse de verdade, ele merecia, talvez aquela mulher a quem ele citou fosse o seu destino...

Olhei no relógio e ainda estava cedo, mais eu me sentia sobrecarregada. Tanto mentalmente, como fisicamente, e emocionalmente então nem se fala.

Peguei meu primeiro caso real, não que os outros não fossem, mais esse eu atuaria como advogada de defesa, meu cliente ao que tudo indicava era culpado, mas ele dizia-se totalmente inocente. Eu já tinha o aconselhado de que ele tinha que ser verdadeiro comigo e não me esconder nada, afinal eu tinha que saber onde estava pisando e se eu realmente pegaria ou não o caso. Sua esposa tinha sumido e ele estava sendo o principal suspeito, no dia do suposto sumiço ele chegou em casa e encontrou a cozinha cheia de sangue dela com algumas indicações de luta que foram camufladas, e depois da polícia encontar um diário dela contando que ele a violentava e constantemente a ameaçava de morte e como iria sumir com o corpo, piorou a situação.

E eu acabei pegando o caso. Não sei porque mais eu acreditava nele.

Me afundei de cabeça, e assim conseguia não pensar tanto em Dimitri durante o dia. Mas quando chegava a noite no escuro do meu quarto uma solidão se instalava.
Não sei o que estava acontecendo comigo. Porque eu sentia tanta falta de alguém que não conhecia tão bem?

**

Na manhã de sábado acordei por volta das dez horas da manhã e resolvi me dar uma folga, comecei a fazer uma faxina em meu apartamento. Limpei tudo e organizei, tirando as coisas que Adrian tinha me dado, as fotos de nós dois juntos e guardei em uma caixa colocando no fundo do meu guarda roupa, depois eu decidiria o que faria com elas.

Durante esse tempo fiquei esperando ao menos uma mensagem de Dimitri, mais ao cair da noite me conformei que não a receberia. O que me fez pensar: Será que eu era apenas um brinquedo para ele? Aquele papo que não podia ficar sem me ter só pra ele, fora apenas uma mentira para que eu me entregasse a ele e continuasse a trair meu namorado? Afinal eu não sabia quase nada ao seu respeito. Como eu poderia saber se tudo isso era verdade?

Deixei esses pensamentos de lado e resolvi sair um pouco para espairecer. Chamei Eddie e fomos a uma boate. Conversamos sobre Dimitri e contei o que eu estava sentindo, ele me ouviu e me colocou pra cima como sempre fazia. Bebemos um pouco, e dancei bastante, a princípio com ele, até ele achar um moreno gato e sumir por um tempo.

Nesse meio tempo conheci um homem de lindo olhos azuis que começou a dançar ao meu lado e logo estávamos nos movendo juntos. Tinha que admitir, ele era muito gato, dançava bem, muito simpático e não tentou avançar o sinal em nenhum momento e acabamos engatando uma conversa depois.

Pierre era muito divertido, era uma pessoa que a princípio mostrava-se bom de se conviver, muito charmoso e facilmente encantava as mulheres, mas era totalmente gay, tinha vinte e quatro anos e estava viajando a trabalho, ele morava na França

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Pierre era muito divertido, era uma pessoa que a princípio mostrava-se bom de se conviver, muito charmoso e facilmente encantava as mulheres, mas era totalmente gay, tinha vinte e quatro anos e estava viajando a trabalho, ele morava na França. Acabamos trocando telefone para marcarmos de sair quando Eddie apareceu, bêbado, me despedi dele e acabei levando Eddie para casa comigo, por que ele tinha perdido a chave de seu apartamento.
Considerei levá-lo e pedir ao porteiro chamar o chaveiro, mas demoraria muito. Quando chegamos á minha casa ele foi para o quarto de hóspedes e eu fui para o meu e aproveitei e liguei para o Sr Alfredo solicitando que ele providenciasse um chaveiro pela manhã.

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