Capítulo 3

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Pov Dimitri

*Flashback On*

[...] Atenção senhores passageiros, voltem suas poltronas na posição vertical e afivelem seus cintos, em breve pousaremos em nosso destino... Caribe Ilheans, temperatura 30°.... Obrigado por voarem conosco [...]

Desci do avião sentindo instantaneamente a mudança de temperatura. Era um lugar realmente quente.

Dei um longo suspiro. Até agora não conseguia entender como eu tinha me deixado levar pelas ideias de minha irmã Victória. Ela quem tinha me convencido a passar duas semanas no Caribe, não que eu tivesse reclamando, mais era um lugar muito longe e ainda por cima quente, não sei onde eu estava com a cabeça quando peguei o avião, tudo isso porque depois de quase dezoito anos descobrimos que Adrian não era biologicamente meu filho, então ela concluiu que eu precisava de um descanso.

Adrian e eu não nos dávamos muito bem, ele era muito inconsequente, imaturo, não levava nada a sério. Às vezes eu me culpava por ele ser assim, eu não fui um bom pai, quando ele nasceu eu ia completar dezesseis anos. Daniela era uma amiga, e fiquei com ela algumas vezes, ela era mais velha e fora a responsável por tirar minha virgindade, era só sexo, e na nossa última vez não nos protegemos devidamente e depois de nove meses nascia Adrian.

Ela também nunca foi uma mãe muito presente.

Por um tempo Daniela morou na casa de minha mãe já que seus pais tinham colocado para fora de casa, até tentamos dar uma família para Adrian, mais não deu certo, não tínhamos sentimentos um pelo outro, então ficamos amigos.

Quando Adrian completou seis anos Daniela conseguiu seu emprego dos sonhos, ela era formada em Relações Internacionais, e teria que começar a viajar muito, então deixou Adrian aos cuidados de minha mãe - que o criou como filho - e sempre vinha ver o filho durante as férias.

Morávamos na Rússia, minha mãe era viúva, e meu pai tinha deixado um patrimônio considerável para ela, mas eu sempre tentei dar o melhor para meu filho por esforço próprio. Terminei meus estudos e entrei para faculdade, me formei e comecei a gerenciar a empresa da família, já que minha mãe iria se aposentar, e minhas irmãs nem queriam saber disso. Me empenhei bastante e fiz a empresa expandir-se mundialmente. Eu respirava trabalho, e acabei deixando meu filho de lado, era como se ele fosse apenas um sobrinho, eu gostava dele, enchia-o de presentes, mais não amava como um pai poderia amar e me sentia culpado por isso. Então depois da revelação, pensei que bem lá no fundo - essa minha falta de sentimentos por ele - era minha intuição, dizendo que ele não era meu.

- Chegamos senhor - disse o taxista, tirando-me de meus pensamentos.

- Obrigado - falei pagando a corrida e descendo do carro.

O hotel era muito bonito e ficava em uma localização muito privilegiada. Peguei minha pequena mala e cheguei à recepção identificando-me, logo sendo acompanhado até meu quarto que ficava na cobertura. Dei gorjeta ao funcionário, e fechei a porta, eu estava muito cansado, a viagem da Rússia até o Caribe era muito longa, tomei um banho relaxante e depois dormi.

Quando acordei vi que tinha dormido bastante, mas pelo menos meu cansaço tinha ido embora, olhei para o relógio que marcava cinco da manhã - eu tinha dormido mais de doze horas - levantei, tomei um banho, dei uma corrida pela orla da praia, tomei meu café e liguei para Vick avisando que tinha chegado bem.

****

Faltava apenas dois dias para que minhas supostas férias acabassem, e durante esse tempo me divertir como não fazia há anos. Não fui a muitas festas, duas ou três, conheci algumas mulheres, Beth e Mary, e passei uma noite em suas camas. Aproveitei bem meu tempo aqui, pela manhã corria pela orla da praia, depois tomava café e descia novamente para praia, joguei vôlei, surfei, e até consegui um novo cliente. Tirei um dia para conhecer a cidade e comprei alguns presentes, foram dias realmente relaxantes.

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