Pela janela do meu quarto a luz do sol entrava reluzente, mostrando sua presença e o quanto o dia seria quente.
Eu estava inquieta desde ontem. Nervosismo, aquele negócio estranho de borboletas no estômago. É estranho devo admitir. Não sei o que é isso, ou por que estou assim.
E nem quero saber.
Todos os dias minha rotina é acordar, escovar os dentes, tomar banho, me arrumar, descer, tomar café com meus pais, subir novamente para escovar os dentes, pegar a mochila e ir pro colégio.
Hoje não podia ser diferente.
Comi uma deliciosa panqueca com calda de chocolate por cima que minha mãe fez para mim. Meu pai como de costume estava lendo um jornal e quando me viu me deu um beijo na testa e voltou a ler, ignorando a nossa presença.
Quando terminei de fazer tudo o que tinha que fazer e vi que já era hora de ir para o colégio, eu o fiz. Eu sou meio maluca, ainda mais no mundo em que vivemos hoje. Tenho medo de ir de fone e não escutar ou notar as coisas que estão acontecendo ao meu redor.
Mas para provar que eu estava totalmente aérea hoje, eu coloquei meus fones em uma música qualquer ignorando totalmente meus princípios e medos.
Eu estou super concentrada nas matérias escolares e notas extras que ainda nem caiu a ficha que faltava apenas dois meses para eu terminar o Colégio. As vezes eu sinto como se estivesse sendo sufocada. Chame de drama adolescente ou o que quiser, mas toda vez que penso que assim que eu terminar o Colégio eu estou terminando uma etapa da minha vida também, é assustador.
Eu tenho muitos medos. Infelizmente.
Medo do futuro principalmente.
Um carro bastante atraente e que eu já vi inúmeras vezes passou ao meu lado. Tão atraente quanto os dois dentro do carro.
Dylan e Seth.
Os melhores amigos. Os inseparáveis. Aqueles que abalavam todo e qualquer coração não só do colégio quanto da nossa pequena cidade. Todo mundo os conhecia, todo mundo os queria. Seja como namorado, amigo, ficante, conhecido.
Apenas queriam algo deles. É quase ridículo essa idéia que as pessoas têm de que apesar de serem o foco de todas as atenções quando estavam juntos, que eles são a coisa mais importante independente de onde eles estejam.
Os dois conversavam enquanto Dylan dirigia, eu queria gritar para ele prestar atenção na rua, afinal poderia bater o carro. Ok, Ok, me chame de ridícula. Eu me preocupo com todo mundo, mesmo não devendo. Dylan então acelerou o belíssimo e caro carro, os dois sorriram e o carro sumiu de minhas vistas.
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2007
RomanceEle entrava sorridente pelo corredor do colégio, a confiança destacada em seu olhar, a determinação estampada em cada passo. Seu uniforme de jogador de futebol americano não parecia combinar com nenhum dos outros jogadores, mas com ele combina, nele...