PARTE DOIS

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August andou lado a lado dela, já imaginado como seria no casamento deles, porque ele sempre fora um romântico declarado

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August andou lado a lado dela, já imaginado como seria no casamento deles, porque ele sempre fora um romântico declarado.

O lugar que ela escolheu foi uma padaria bem conceituada, pertinho da Livraria.

Ela escolheu também, uma mesa mais afastada das outras. Logo a atendente chegou, antes disso August observava o rosto da garota graciosa de aparência doce e plácida, se esforçando para guardar todos os detalhes, desde o olhar brilhante até os lábios que continham um sorriso sereno, mas que sorriso, pensou ele.

— Posso ajudar? – perguntou a atendente. — Hoje eu recomendaria os macarons de chocolate, estão  maravilhosos.

— Bom, por mim tudo bem, pode ser o mesmo para você? – sugeriu Marinna.

— Claro, e chá...

— Eu quero um café, por favor, forte e com açúcar. – Marinna o interrompeu.

August maneou a cabeça com as sobrancelhas erguidas, para ele Marinna tinha cara de quem era amante de chá, assim como ele.

— Quer começar agora ou esperar para depois que comermos? – Marinna indagou, nervosa.

Aquilo parecia um encontro, algo que ela evitava desde sempre.
Olhou de esguelha para August, ele parecia muito bonito agora que a luz do sol batia em seu rosto.

— Eu queria te convidar para tomar um chá, só isso. – ele disse, animado.

Marinna gargalhou tão alto que virou alvo de olhares.

— E cá estava eu pensando que você estava passando mal! – queixou-se Marinna.

— Desculpa, eu tentei dizer, mas eu estava um pouco nervoso, e você não resistiu a minha beleza e me convidou antes! – ironizou contendo o sorriso.

— Eu? Eu só queria te ajudar sua peste – Marinna gargalhou novamente. —, e aliás eu nem gosto de chá! – continuou, sorrindo de lado.

A conversa entre eles fluíra tão bem enquanto degustavam os macarons. Até pareciam velhos amigos.
O jovem dentista sentia-se nas nuvens com cada sorriso que Marinna dava. Ele gostava dela, tinha certeza disso.
A cada momento arrumava uma desculpa para tocá-la.

August decidiu que essa seria uma boa hora para confessar à Marinna que ele era seu admirador.

— Eu ...

— Tenho que dizer algo – Ela o interrompeu. —, eu sei que você é meu admirador. – acrescentou sem graça.

August perdeu a fala, e arregalou os olhos. Nunca imaginou que sua amada iria descobrir.

— Mas eu tentei ser discreto. – ele disse constrangido, corando ligeiramente.  

Essa era o momento de Marinna dizer a ele que isso era uma baboseira, que gostar dela não fazia nenhum sentido. Mas simplesmente não conseguiu.

A jovem estava cheia disso, fugir, negar os próprios sentimentos, esconder-se. Nunca tinha se deixado apaixonar, pois temia ser infeliz igual a mãe que sofreu muitíssimo, mas por que deveria ser igual com ela?
Com vendaval no baixo-ventre, ela tomou coragem, uma que sempre faltou em toda sua vida.
Passou a mão sobre as mãos do jovem apertando-as delicadamente.

— Eu aceito tomar um chá, café anda me fazendo mal! – ela anunciou, abrindo o sorriso.

August, que tentava acalmar o turbilhão de sentimentos que emanava, prometeu a si mesmo que esse era, com toda certeza o dia mais feliz da sua vida.

— Vamos tomar um chá! – soltou uma risadinha nervosa.

Admirador não tão secreto [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora