PARTE UM

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MARINNA é uma jovem nos auge dos seus vinte e cinco anos, solteira e inteiramente feliz

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MARINNA é uma jovem nos auge dos seus vinte e cinco anos, solteira e inteiramente feliz.
Na livraria Dai-lhe Livros, onde trabalha, está tudo o que precisa: livros, calmaria, amigos leitores e até um admirador não tão secreto assim.

August, o dentista,  cogita que Marinna nem imagina que é ele que, lhe escreve nos finais de semana, cartas e dedicatórias acompanhadas de bombons e muito açúcar.

Porém, ela a alguns dias atrás, ligou todas as informações possíveis, e num tiro feio, descobriu então, quem era o tal, que a enchia de mimos secretamente.

Ela sabia, desde então, que August não visitava a Livraria todos os finais de semana, apenas para comprar livros.

Os dias se prolongavam e o rapaz apaixonado se perguntava, quando criaria coragem para convidar a jovem bibliotecária para um chá, ou talvez dois.

Ensaiava em frente ao espelho, palavras que aprendera nos livros de romance, no qual os personagens se declaravam para suas amadas.

Então, quando enfim decidiu que era o grande dia, vestiu sua melhor roupa — das dez que já havia experimentado — e partiu em direção ao seu grande amor.

Adentrou ao local, e  avistou a bela moça que atendia uma senhora. Caminhou lentamente ignorando o frio na barriga, repassando mentalmente o que havia ensaiado.

— Volte sempre dona Alicia, boas festas. – Ela sorria e acenava para a senhora que cumprimentou August com um sorriso bondoso.

— Olá senhor August. O que vai querer ler hoje? – perguntou, enquanto os olhos continuavam fixos no computador à frente.

O coração de August que já batia fortemente, agora perdia um compasso. O dia mais esperado de sua vida chegou, e ele se quer conseguia abrir a boca.

Marinna por sua vez, não lembrara de alguma vez que o admirador comparecia na livraria numa terça-feira, contudo, permaneceu com o rosto impassível se concentrando na tela em sua frente.

Quando não obteve resposta do rapaz, ergueu os olhos, e encontrou o jovem com o rosto muito pálido.

— Está se sentindo bem? – indagou preocupada.

— Eu estou bem – respondeu August de imediato, não querendo assustar a moça. —, por acaso o chá, quer tomar no café de comigo hoje? – disse direto, sem pausa.

Com os olhos arregalados, sem entender o que ele dissera, Marinna supôs que homem em sua frente não estava bem da cabeça.

— Eu não entendi nada, quer se sentar senhor August? – sugeriu, dirigindo-se até ele.

Passou a guiá-lo até uma das mesas de leitura.
Para August, aquela aproximação tornou a situação ainda mais complicada.
O perfume doce que Marinna usava, invadia suas narinas, e lhe causava mais tonturas ainda.

Sentou-se observando a figura de cabelos grandes, sobretudo aveludado e coturnos pretos que lhe trazia um copo de água.

Tomou tudo num gole só, tentando ganhar tempo para reunir as palavras certas.

— Como está se sentindo? – perguntou Marinna fitando o rapaz.

— Estou bem, obrigado. – respirou fundo fechando os olhos. Tinha de ser agora ou nunca mais — Gos...

— Porque não espera sentado enquanto aguardo a outra funcionária chegar? Assim podemos comer alguma coisa, e pode me explicar direito o que se passa. –   Marinna que estava intrigada com a atitude do rapaz, sugeriu isso ao mesmo, evitando ter conversas durante o trabalho.

Ela tinha a mania de sentir empatia pelas pessoas, e se preocupou muitíssimo com August. Pelo o que ele mesmo lhe contara certo dia, havia saído da cidade natal por conta de uma briga com o pai, que segundo ele, era autoritário e carrasco.
Talvez tivesse complicado a situação com o pai, pensou Marinna.

August, não sabia se ria ou chorava, preferindo então usar um tom calmo ao responder a amada.

— Por mim tudo bem – concordou ele. —, Se não for algum incomodo, é claro. – acrescentou depressa.

— Não, não é – Marinna murmurou, se retirando.

O restante das horas passaram lentamente para ambos.
August por sua vez não conseguia conter o sorriso, enquanto folheava o livro Biblioteca de Hogwarts.
Custava acreditar, que não fora ele quem fizera o convite do encontro.
Para Marinna, seria a chance de tirar de uma vez por todas qualquer ideia que August tinha sobre os dois.

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Admirador não tão secreto [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora