12. take me PART.I

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Hailee Steinfeld P.O.V

Minha testa inchada e roxa ainda latejava, pensei que cairia na cama depois de colocar Henry para dormir, mas permaneci acordada. Não queria nem fazer um palpite do porquê. Na verdade, não queria pensar sobre nada disso, meu cérebro estava determinado, a atirar a questão frente de sua mente.

Camila gosta de mulheres. Gosta mesmo de mulheres.

Esta verdade simples aparentemente vem devorando toda a minha alma, e eu estava obcecada. Ainda não achei resposta do por que me chateie tanto por não saber sobre a sexualidade de Camila. Isso me chateava para além das palavras, e a única possível explicação possível que ela tinha para isso foi que ela não estava disposta a imaginar.

Porque não havia maneira alguma, na história de todos os mundos e possibilidades, Camila Cabello ficar interessada nela.

Camila é rica, do tipo, rica para caramba. Sou o completo oposto dela.

Camila tem toda uma família de qual é muito próxima, e eu tenho apenas uma companheira de quarto.

Camila teve um filho. Eu sou a babá dele.

Camila tinha classe, graciosa e falava como a porra de um livro. Não me sentia como tivesse algo desse tipo.

Sou pessoa inteligente, e sei como falar bem, mas faço raramente. Tenho uma maldita boca 'suja' e raramente levo algo sério, enquanto Camila parecia levar tudo a sério. Camila tem uma mansão da porra, enquanto eu moro em um dormitório. Camila é absolutamente tudo o que eu jamais seria. Não havia nenhuma maneira de que uma mulher como Camila estivesse interessada em mim, não que fosse abordar Camila nesse nível.

Ela é a sua chefa, para começar, e se Camila pensar que eu só gosto dela por causa de seu dinheiro? O pensamento por si só fez o meu estômago revirar.

"E por que mesmo estou pensando sobre isso afinal?" Falei para o quarto vazio. "Não é como se eu gostasse dela. Não mesmo. Quero dizer, não gosto dessa maneira. Cristo, estou falando sozinha novamente."

Decidida explorar um pouco para tirar todos esses pensamentos fora da minha mente. O quão menos, pensar sobre isso, melhor seria. Havia muitas partes da casa de Camila que nunca explorou. Existia um segundo andar, onde não tinha ido ainda.

Caminhei de sala em sala, prestando atenção em todos os detalhes. Os gostos de Camila eram impecáveis. Cada centímetro de sua casa tinha um design elegante e decorado. Gritava estilo, classe e dinheiro. Que de alguma forma, porém, ainda conseguiu ser caseiro. Tinha uma caixa de brinquedos em todos os quartos e imagens espalhadas pela casa — retratos de Camila e Peter; retratos de Camila e algumas pessoas que assumiu serem os pais de Camila, considerando as semelhanças físicas; retratos de Camila e Dinah; e retratos de Peter e Dinah. Camila havia emoldurado desenhos que Peter tinha feito. Não era apenas uma gigante casa. Era um gigante lar, e o conforto que sentiu no peito foi legal.

Não experimentei esse sentimento muitas vezes em minha vida. Passava em muitas casas quando criança e nunca me sentir uma parte real de qualquer uma delas. Nunca existiram corredores cheios de fotografias ou baús com brinquedos em abundância. Lembrava-se de estar em duas casas onde senti mais em casa do que o habitual, uma porque a mãe gostava de cozinhar bastante e frequentemente me deixava ajudar. Algo sobre o cheiro dos assados que enchiam toda a casa me fazia sentir mais como um lar. A outra casa foi uma que compartilhou com mais outras duas crianças adotivas, e os quartos eram todos decorados de acordo com temas. Uma sala de estar americana, uma cozinha decorada com cerâmicos galos e papel de parede cobertos por galos, e um banheiro feito para parecer como uma praia, com conchas e até mesmo uma boia salva-vidas suspensa acima do vaso sanitário.

Popcorn Love (Haimila)Where stories live. Discover now