18. our meeting

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Camila P.O.V

Passei as mãos pela minha jaqueta preta e sai do closet. "Ok, nugget, o que acha?" Perguntei acenando para minha roupa.

Peter me olhou do centro de minha cama, um giz preso entre os dedos com um gigante bloco de colorir sobre o seu colo. Ele sorriu e assentiu com firmeza. "Bonita, mama!"

Convenci-me de que sua opinião foi tendenciosa pelo fato de que eu lhe dei a vida e refeições regulares. Lembro de quando Peter estava com pouco mais de dois anos de idade, e contrai um terrível vírus no estômago passei dois em moletons largos e uma camisa Caturra Harvard. Ele dizia que era a muito mais bonita durante esses dias.

Ofereci o que mais parecia um sorriso tenso. Eu estava mais nervosa do que disposta a admitir em voz alta, mas não conseguia negar a forma como refletia em meu corpo: minhas expressões estavam apertadas, e os movimentos se necessitavam de uma habitual delicadeza enquanto voava em torno de seu quarto e banheiro, preparando-se para o encontro o qual estava ansiosa e temerosa.

Os últimos três dias tinham sido de absoluta tortura. Já tinha sido um inferno de estresse sobre o que vestir em um primeiro encontro, em um jardim zoológico, onde minha pequena criança estaria acompanhando. Meu cérebro tinha dado um passo à frente, embora, e manteve rodando um constante ciclo de perguntas, tanto de esperança, quanto de preocupação.

E se o encontro for esplêndido? Teria um segundo encontro? Um terceiro? E se isso se tornar um relacionamento? Estava pronta para um relacionamento? Hailee estava? E se nossos status sociais interferirem no relacionamento? Beijaríamos-nos no final do encontro? Isso nos levaria para algo mais? Espera. Não, Peter estaria lá.

E se o encontro for insuficiente? E se não tivesse mais assunto para falarem? E se as coisas ficarem esquisitas? E se Peter tomasse a conversa para si como é propenso a fazer? E se tivessem que comer no jardim zoológico? Não sei se consigo comer um hot-dog elegantemente. E se alguém caísse no poço dos gorilas? Tudo bem é certo que esse último foi demais.

Mas a minha mente estava uma completa bagunça depois de três dias seguidos com os e se's. Eles vinham ficando mais ridículos a cada segundo pensado.

Depois de verificar o reflexo mais uma vez no espelho acima de minha penteadeira, coloquei algumas jóias, duas pulseiras de branco-ouro que mama me deu e um simples colar com pingente de rosa.

Os lábios contraíram em um sorriso quando olhei para Peter, o pequeno rosto estava escondido pela aba do chapéu verde de dinossauro que o mesmo tinha escolhido para combinar com sua blusa verde, bermuda jeans claro e all star branco. A onda natural de seu cabelo causou um micro toupete atrás de sua orelha e sob o chapéu.

"Você está pronto?" Perguntei. Ele jogou de lado seu bloco de colorir e pulou na cama.

"Sim!" Ele se jogou em minha direção.

Ri e peguei, soltando um suave grunhido. Ele envolveu suas coxas em torno de minha cintura, a mão direita de Peter instantaneamente encontrou o seu caminho para os cabelos de minha nuca. "Estamos indo ver macacos?"

"Nós podemos ver, mi amor." Sai do quarto e seguiu pelo corredor. "O que mais gostaria de ver?"

"Hum." Peter inclinou a cabeça em pensamento, mas em seguida, seus olhos se arregalaram. "Dinossauros!"

Ri vivamente a isso. "Tenho certeza que não haverá qualquer dinossauro, Peter." Peguei minha bolsa e as chaves do carro. "Eles estão extintos, lembra?"

"Sem ossos?" Peter fez beicinho.

"Sem ossos," confirmei. "Temos que ir aos museus para ver os ossos, lembra-se? Zoológicos são para animais vivos."

Popcorn Love (Haimila)Where stories live. Discover now