Antoniella me acordou às 6h e minha rotina começou. Primeiro, um café da manhã leve acompanhada de papai. Após, alguns exercícios de rotina; aulas de ballet; e as aulas teóricas marcadas para para o dia.
Ao final da tarde, cansada de tanto "engolir" matemática, português, história, geografia e mais todos os outros assuntos chatos do mundo, eu me sentei na varanda de casa e esperei papai chegar.
Neste dia, em especial, ele demorou. O sol sumiu ao Horizonte e nada dele aparecer... Algum compromisso urgente deve tê-lo prendido no escritório por mais uma ou duas horas... Deixei a varanda e fui procurar alguma coisa para fazer.
Ao ir para meu quarto, encontrei Antoniella no corredor.
_Seu papai me enviou um email, disse que iria demorar. Mandou que a senhorita realizasse a refeição sozinha e que fosse dormir no horário correto. Não será necessário esperar por ele.
_Mas eu não gostaria de jantar desacompanhada. Não gosto de fazer refeições sozinha.
_Ordens são ordens, Senhorita Íris. Foram feitas para serem obedecidas. E vá agora fazer sua refeição, está 15 minutos atrasada.
_Sim, senhora... _dei um sorriso simpático e desbotado, pedi licença e desci para a sala de jantar.
Quando terminei a sobremesa, voltei para meu quarto e escrevi a redação que o professor de português indicou. Como eu simplesmente demoro um século para escrever 30 linhas, mal comecei a passar meu texto a limpo e o horário de ir dormir chegou.
Antoniella me avisou que estava no horário e eu, sem qualquer resistência, me deitei e peguei no sono.
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A pequena do papai
RomanceÍris é uma menina de doze anos que cresceu dentro da bolha de proteção de seu pai, Fernando.Ele sempre considerou que sua filha é frágil e inocente demais para enfrentar o mundo sem sua supervisão. Porém, encorajado pelo psicólogo de Íris, ele decid...