Nos encontramos de novo!

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Oi galera!! Sei que estou há muiiiito tempo sem postar e que vocês devem até ter esquecido que essa obra existe, maaaaas por favor não me abandonem que irei continuar MDS SIM! Fiquei esse tempo todo longe porque eu passei por alguns problemas e não estava conseguindo escrever nada, no entanto aqui estou eu e prometo postar regularmente! Aproveitem o capítulo e espero que gostem! Beijão!

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Miami, Florida - 2008

– Eu não sei como você arranjou esses machucados, meu jovem, mas acho que você fraturou a costela. Melhor ir ao médico e fazer um raio-x, para analisar melhor. – a Senhora Turner retirou suas luvas de látex e as jogou no lixo, depois de me examinar e passar uma pomada na região dos meus machucados.

– Foi o que disse, mas ele se recusa a ir.

Olhei na direção em que aquela voz veio e a vi, sentada em uma das cadeiras giratórias ao lado da mesa da Senhora Turner. Suas pernas estavam cruzadas elegantemente, deixando suas coxas mais expostas do já estavam. Eu ainda não estava acreditando que ela estava ali.

– Não é nada demais, logo passa, só preciso de algum tempo de repouso. – falei, dando o assunto por encerrado.

– Tudo bem, vou te dá um atestado, você ficará livre das aulas de educação física por duas semanas. Se até lá você continuar sentindo dor, irá para o hospital. – a enfermeira falou séria e eu concordei. – Podem voltar para aula.

Agradeci a Senhora Turner e abaixei minha camisa, me levantando da maca com um pouco de dificuldade.

– Então... Clark, como conseguiu esses machucados? – Elisa Maxuell perguntou, assim que adentramos o corredor vazio.

Elisa... Maxuell... Cara, eu ainda não consigo acreditar que ela está aqui, do meu lado... e falando comigo!

– Ah... An... foi... foi no treino... é... no treino. – me enrolei todo para responder. Não podia falar que na verdade foi o meu amável pai que me presentou com todos aqueles machucados.

– Treino? Você treina o que? – perguntou, parecendo realmente interessada.

– Box, mas também treino defesa pessoal.

– Entendi, mas você deve ter mais cuidado. – ela olha para o relógio em seu pulso e arregala os olhos. – Nossa! Eu tenho que ir, estou atrasada para o treino.

Ela diz tudo rapidamente e começa a correr.

– Até mais Clark, e não se machuque mais! – grita, já no fim do corredor, e me lança o sorriso mais lindo que já vi em toda minha vida.


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– Cara, você está detonado! – Marc exclama quando me sento a sua frente, na mesa que costumamos lanchar. – Eu não acredito que o babaca do seu pai te deixou assim! Tem que dar uma queixa dele.

Marc Johnson e eu somos amigos de infância e nos conhecemos desde sempre. Sua mãe, Joana, estudou com a minha mãe e são melhores amigas, devido a isso, foi natural que nos aproximássemos também.

– É o que mais quero, mas infelizmente não temos como ainda. Minha mãe não trabalha e dependemos totalmente do dinheiro dele.

Suspiro pesadamente e começo a comer.

– Sinto muito, Ethan. Gostaria de poder te ajudar. – Marc lamenta e eu sorrio de leve para ele.

– Não sinta, eu vou mudar de vida Marc, o meu pai não vai nos atormentar para sempre.

E foi com esse pensamento que levei as duas semanas que seguiram. Os machucados em meu rosto já sararam quase todos, apenas o corte do supercílio que ainda está inchado, mas nada preocupante. Minha costela ainda dói um pouco, mas o roxo está quase imperceptível. Joana veio ver como minha mãe estava e fez um novo curativo em meus machucados. Os dias passaram sem mais problemas, para a minha felicidade. Meu pai estava de bom humor esses dias e não procurou confusão com nenhum de nós. Me pergunto até quando essa paz irá durar.

Solto o ar com força e esfrego minha testa. Havia estudado a tarde inteira e meus olhos já estavam irritados de tanto ler. Retirei os óculos e esfreguei meus olhos. Olhei para o relógio no canto da minha escrivaninha e tomei um susto com o horário. Já eram oito da noite.

– Ethan, vem comer, você está a tarde toda nesse quarto! – minha mãe grita e quando ela fala em comer, sinto meu estômago roncar.

Sigo paro o banheiro e lavo as mãos antes de descer e me juntar a minha família a mesa. Era estranho, olhando de fora parecíamos uma típica família, todos juntos a mesa, jantando em harmonia. Mas a realidade era bem diferente. Como calado e não ouso olhar para o homem sentado na cabeceira. Tenho medo dele simplesmente se irritar com o meu olhar e começar uma briga.

Estava lavando os pratos quando meu pai entra na cozinha e abre a geladeira.

– Mas que droga! – fecha a geladeira com força. – Não tem uma cerveja se quer nesse merda de casa! Eu trabalho para que? Sustento todos vocês para não ter a merda da minha cerveja quando quero!

Fecho os olhos com força e lá vamos nós para mais uma noite de gritos e tapas. Tudo por causa de uma maldita cerveja.

Eu não aguentava mais aquilo.

– Vamos Ethan, bloqueia! Não abre a guarda! Vai pra cima dele! Isso! – o treinador Mendes gritava fora do tatame, enquanto eu ia para cima de Bryan Mitchell.

– Nada mal, Clark. Nem parece aquele garotinho assustado que ficava olhando os treinos. – Bryan falou, tirando as luvas e a proteção.

– Eu não era um garotinho assustado! – Neguei indignado.

– Era sim. – dessa vez foi o treinador Mendes.

Revirei os olhos.

– Até amanhã pessoal. – me despedi assim que sai do vestiário e recolhi minhas coisa.

Ainda era cedo e eu não precisava correr para chegar em casa. Eu andava tranquilamente pelas ruas de Miami, aproveitando os últimos raios solares do dia, quando, ao virar a esquina sinto um corpo se chocar com o meu.

– Desculpa! – ouço uma voz doce falar e levanto a cabeça rapidamente, ao reconhecer a quem ela pertence.

– Não, me desculpe também. – levanto e ponho meus óculos no rosto. Ele havia caído com o esbarrão e por sorte estava intacto.

– Ethan Clark! Nos encontramos de novo! – exclama um tanto animada demais e eu franzo o cenho.

Por que uma garota como Elisa Maxwell ficaria animada em me encontrar?

Meu doce secretárioOnde histórias criam vida. Descubra agora