Meu doce secretário

A vida muda!

Ei pessoal, eu não atualizei antes por conta da minha internet. Não sei o que aconteceu, mas fiquei esse período tod sem internet em casa. E, devido a esse infeliz problema, não pude postar o capítulo antes. Bom, gostaria de informar que as postagens serão aos fins de semana, porque durante a semana eu estudo e não tenho tempo algum. Enfim, sobre o capítulo de hoje, espero que não me matem, mas é apenas uma ponte, o que é muito importante para o entendimento da história. Espero que gostem e comentem o que vocês estão achando. E não deixem de votar!!!

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New York, NY – 2017


– Mas que porra você está fazendo aqui?

Bom, confesso que não esperava nenhum sorriso ou um abraço caloroso. Mas ver a raiva e dor estampada em seus olhos foi como levar um soco na boca do estômago. Ela me odiava. E o pior de tudo é que eu me odiava também.

– Olá Lis, você costumava ser mais carinhosa há um tempo atrás. – sorri de lado e me aproximei mais dela.

A vida muda e junto com ela, nós também mudamos. Nosso corpo, nossas ideias, opiniões e até mesmo personalidade. E eu não fiquei livre dessas transformações. Nesses nove anos, muita coisa mudou na minha vida e aprendi que se não botássemos a base e fossemos para cima, seriamos nocauteados. E encontrei no sarcasmo o meu forte.

– Vai se fuder! – gritou com raiva e eu arregalei levemente os olhos.

– Ei, não precisa se exaltar. – comecei. – Eu não vim brigar, tudo bem?

– Nove anos, Ethan. – as palavras saíram pausadamente de sua boca rosada. – Você sumiu pela porra de noves anos e reaparece como se nada tivesse acontecido. O que você esperava?

– Que eu corresse para os seus braços e te beijasse apaixonadamente? – sugeriu quando não obteve resposta. – Pois se foi isso, sinto lhe informar que se enganou. Vai embora!

A ira era nítida em seus olhos, ela poderia fazer um buraco bem na minha cabeça com as faíscas de raiva que saíam de seus lindos olhos azuis. Eu sabia que iria ser difícil voltar para ela, mas pelo visto vai ser mais duro do que imaginei.

– Eu não esperava. – disse sério. – Eu não esperava nada, na verdade.

Suspirei pesadamente e dei mais um passo a frente.

–  Eu sei que você está com raiva... Você tem toda razão de estar chateada e de me odiar. Eu também me odeio. – Comecei nervoso e passei as mãos afoitamente pelos meus fios loiros. –  A verdade é que eu não deixei de pensar em você por nenhum dia sequer, por todos esses anos. Eu me sinto um lixo, toda vez que penso no que fiz para você. E-Eu só queria dizer que eu sinto muito.

Falei tudo de uma vez e Elisa mantinha uma expressão neutra. Como se nada daquilo estivesse a abalando. Eu sei que é encenação. Eu sei que o fundo ela se importa com tudo isso tanto quanto eu... mas... é inevitável a dor que se instala no meu peito.

– É um pouco tarde para isso, não acha? – sentou em sua cadeira novamente e encarou o computador a sua frente. – Quem sabe se você viesse nove anos mais cedo... Agora por favor, se retire da minha empresa. – Me encarou friamente; seu tom era gélido, sem emoção alguma.

– Você não é assim, Lis... Não precisa fingir comigo. – Falei tristemente.

Eu sei que mereço esse tratamento vindo dela, mas está sendo muito difícil vê-la assim...

Tão inalcançável.

De novo.

– Você não me conhece Ethan Clarck! – Esbravejou, me encarando duramente. – Não mais...

É verdade quando digo que tudo muda. Aquilo que costumávamos conhecer ontem, não é o mesmo hoje, e muito menos será o mesmo amanhã. A vida muda, e junto a ela, nós mudamos também. A vida é feita de escolhas, e são essas escolhas que nos definirá lá na frente. Todos caminhos e bifurcações que pegamos nos guiará para quem somos hoje e para quem seremos no futuro. O grande problema é que nem sempre pegamos o caminho correto, e para o nosso azar, não existe mapa para essa trajetória.

Eu errei uma vez com a Lis, não cometerei esse erro novamente, mas para isso, ela tem que me perdoar. Tudo que fiz foi pensando no nosso bem. Embora não tenha sido a escolha certa...

Agora eu sei...