Lhes Apresento a Flor

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Em uma pequena e pacata aldeia de Mobius vivia uma ouriça, de estatura baixa de quinze anos, olhos azuis, cabelos loiros longos, trajando seu vestido amarelo e seus sapatos azuis, seu nome é Maria. Ela tem grande paixão por livros e demostra grande simpatia a todos que lhe rodeavam, além de ser bem-nascida tendo suas curvas com seus seios fartos para sua idade, o que lhe atraia diversos pretendentes.

[Maria Point of View]

-Por favor Maria, eu te amo! -Implorava de joelhos Mike, um amigo meu.

-Desculpe Mike, mas eu tenho que negar seu pedido -Aquilo iria machuca-lo, mas tinha de ser feito.

Depois dele sair com cara fechada e raiva, fui direto a biblioteca da aldeia, o lugar que eu poderia esquecer de minha vida pacata e viver meus romances e aventuras entre aquelas páginas. A livraria era pequena, mas aconchegante, tudo era feito da mais bela madeira que tinha nas redondezas das áreas montanhosas de Mobius, sentei-me em uma das cadeiras e comecei a reler um dos livros prediletos. Pouco tempo depois senti uma mão em meu ombro, olhei e vi que era o dono, um gato forte, porém a idade lhe trazia pelos brancos além de sua personalidade carinhosa e simpática.

-Você gosta mesmo deste livro não é pequena Maria? -Sorria ele fortemente.

-Sim, é um dos meus prediletos! -Disse com empolgação, mas recebendo uma advertência em seguida.

-Sh! Estamos numa biblioteca... enfim, se quiser pode ficar com ele. -Meu sorriso foi de ponta a ponta.

-Serio?

-Sim, aliás feliz aniversário. -O abracei com força.

-Obrigado, obrigado, obrigado.

-De nada, mas olhe só. Seus amigos estão lhe chamando -Observei da janela e pude ver dois amigos meus.

Sai da livraria, me encaminhando até eles.

-Maria, vem com a gente. -Um chamou.

-É, vai ser legal. -O outro pegou no meu pulso, me puxando.

-Calma pessoal.

Durante todo o trajeto eles olhavam um para o outro como se planejassem alguma coisa, vez perdida conseguia ver olharem direcionados a mim. Chegamos no orfanato onde morava, tinha uma grande porta de madeira na entrada, muros brancos com partes superiores detalhadas em mármore. Entramos e diferente do habitual não havia ninguém andando pelos corredores e a brincar no pátio.

-Maria venha, mas me prometa uma coisa. -Acenei positivamente com a cabeça. -Certo, feche os olhos e não abra até eu disser ok?

Assim o fiz, senti minha mão sendo puxada e apenas seguia cegamente, andando mais adiante eles me soltaram.

-Posso abrir?

-Pode.

Quando vi, era uma sala pequena, mas bem arrumada e na mesa um simples bolo ali estava. A cuidadora e meus colegas estavam cantando e batendo palmas, todo aquele momento especial me contagiava com um sorriso de ponta a ponta e meus olhos brilhavam. Conversava sentada ao lado de meus amigos, quando a nossa cuidadora chega com as mãos nas costas.

-Maria, tome. Isto é seu, você carregava isso quando chegou aqui.

Era um colar com algo símbolo que eu desconhecia, mas não deixava de perder a beleza. Depois de coloca-lo segui para meu quarto. Era um quarto pequeno, com apenas uma cama com cobertores brancos e um guarda-roupa, sentei na beirada da cama e olhava para o pingente do colar pensativa ' O que esse símbolo significa? ' pensava encabulada sem uma resposta, deixei essa ideia de lado e dormi.

[...]

-Maria! Maria! Acorda! A aldeia está sendo atacada! -Acordei aos gritos de minha cuidadora, ela balançava meus ombros com força.

Levantei da cama num pulo, ela me guiava até uma parte desconhecida por mim do orfanato, era algo parecido com um estábulo, ela me colocou em cima de um dos cavalos que lá tinham e logo em seguida dois homens arrombaram a porta.

-Paradas ou morrem!

-Fuja Maria! -Ela bateu no cavalo, o fazendo correr.

-Vanilla, não! -Via ela levar uma bala em sua cabeça, caindo logo em seguida o seu corpo sem vida.

Saindo dali, conseguia ver os aldeões sendo mortos e as casas em chamas, aquilo era horrível demais! Não suportava tanto sofrimento para aquelas pessoas inocentes, saindo do local fui em direção da floresta afim de perder os bandidos de vista. Os galopes rápidos e minhas lágrimas foram o suficiente para me cansar antes do esperado, depois de alguns minutos minhas pálpebras já pesavam sobre meus olhos e acho que vou...

[...]

Acordei em uma... cama? Eu estou num quarto, bem luxuoso por sinal. Lustre com cristais, cama grandiosa, guarda-roupa refinado com detalhes em metal precioso, no chão um tapete vermelho e perto do canto um trocador em carvalho escuro. Onde, onde eu estou?

A Flor e A Sombra - Segundo ArcoOnde histórias criam vida. Descubra agora