Cap- 6

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Pov Camila

-Camila. -Charlie meu chefe gritou. -Vai atender os clientes.

-Eu só sou uma Charlie, ou eu fico na cozinha, ou eu atendo os clientes droga. -Gritei recebendo um olhar mortal.

Larguei as bandejas na pia e voltei para o balcão. Era sol que me faltava-Porque estou muito branca, preciso tomar um bronze- Lauren no balcão, essa garota não cansa né?.

-Bom dia, o que deseja?. -Perguntei sem olha-lá.

-O mesmo de sempre. -Olhei para ela e respirei fundo.

-Qual o seu mesmo de sempre?. -Ela revirou os olhos.

-Achocolatado em aspirado com chantilly. -Anotei e dei as costas.

Sinceramente, eu vou me matar qualquer dias desses ainda.
Depois que seu pedido ficou pronto, que não demora nem tanto assim, fui até sua mesa, entreguei seu pedido e ia sair, porém ela segurou meu braço me fazendo olha-lá.

-O que vai fazer hoje à noite?. -Me fitou.

-Está me chamando pra sair?. -Perguntei incrédula.

-Não, estou perguntando o que você vai fazer hoje à noite. -Revirei os olhos e puxei meu braço.

-Vou sair com um amigo. -Sorri forçado e saí andando de volta para o balcão.

Pov Lauren

Eu tento, eu juro que tento ser simpática com as pessoas, mas é impossível, Camila é impossível na verdade.

Estava tomando meu achocolatado quando um garoto branco de cabelos pretos adentrou o estabelecimento e foi em direção à Camila. O sorriso que estava no rosto dela só faltava rasgar seu rosto. O garoto demorou o abraço por longos minutos e ela batia a mão em suas costas. Ele sorriu e se inclinou, não, ele não vai fazer isso.

Ela virou o rosto fazendo-o selar sua bochecha, respirei fundo e me levantei pegando minha jaqueta. Passei por eles e ouvi ela dizer.

-Eu também estou empolgada. -Bufei irritada.

Eu sabia porque eu estava irritada, ela negou meu meio pedido para sair comigo, odeio quando as pessoas negam algo pra mim.

-Que cara de monstro é essa?. -Normani perguntou ao me ver entrar na sua sala.

-Não é nada. -Resmunguei sentando.

-Você viu ela não foi?. -Assenti olhando para o copo do Starbucks. -Lauren.

-Hum?. -Olhei para ela.

-Por que não fala com ela?. -Neguei.

-Eu já tentei, e eu nem sei porque eu estou me importando com ela, eu vou curtir a minha vida. -Levantei e ela ficou me olhando. -A propósito, como está seu rolo com a loira?. -Ela sorriu.

-Estamos apenas ficando, nada sério. -Assenti. -Vamos dar uma volta hoje?. -Assenti.

-Preciso espairecer mesmo. -Ela assentiu, dei um tchau baixinho e saí da sua sala indo em direção à minha.

Pov Camila

Só aceitei sair com Shawn porque preciso me desestressar, e adoro a companhia dele, ele me faz rir. Estava retocando o batom quando Ally bateu na minha porta avisando que Shawn havia chegado. Guardei as coisas essenciais na bolsa e corri para a porta.

-Uau, você está linda. -Ele disse me olhando dos pés à cabeça, sorri.

-Obrigada. -Ele sorriu. -Tchau Ally. -Ela deu um tchau com um sorriso e eu caminhei ao lado de Shawn para o seu carro.

-Você gosta de música country?. -Perguntou colocando o cinto, eu odeio.

-Digamos que eu goste. -Ele sorriu.

-Já tenho um ótimo lugar pra te levar então. -Que ótimo, essa noite vai ser super "divertida".

Pov Lauren

-Você só pode ter usado drogas Normani, eu odeio música country, eu gosto de batidas envolventes, gosto de ver as pessoas pulando igual umas loucas e não um monte de velhos ouvindo essas músicas de interior. -Ela riu.

-Eu te trouxe aqui pra a gente apenas beber e conversar, nada demais. -Neguei. -Só relaxa ok?. -Assenti.

(...)

Já fazia alguns minutos que Normani disse que iria no banheiro e nada dessa bitch voltar. Até que a música é bem confortável e dá pra mexer os dedos. Olhei para o meu lado esquerdo bebendo um pouco do meu whisky e quase cuspi ele todo fora quando vi o garoto beijando Camila, ou Camila beijando o garoto, eles estavam se beijando. O que ela fazia aqui?Merda.

-Ih, aquele é o namorado dela?. -Ouvi a voz de Normani e à olhei.

-Vamos sair daqui. -Levantei do banco.

-Não vamos não, vai pra casa só por que viu ela beijando outro?Você nem beijou ela ainda imagina se tivesse beijado. -Revirei os olhos e ela negou.

-Vou ligar para Kaya então. -Peguei meu celular e ela tomou da minha mão.

-Não vai não, você vai sentar aí e beber em paz, é só não olhar pra ela, se for ligar pra alguém ligue pra...

-Lauren?. -Ouvi uma voz e um tocar no meu ombro, me virei para ver quem era e era ninguém menos que...

-Keana. -Sorri puxando-a para um abraço. -O que faz aqui?. -Perguntei com um sorriso e Normani revirou os olhos colocando o celular no meu bolso.

-Vou dar uma volta. -Bateu no meu braço e saiu.

-Eu vim com uma amiga, mas ela acabou arranjando diversão. -Soltou um riso. -E você?. -Acariciou o próprio braço.

-Eu vim com a Mani, ela é minha amiga e colega de trabalho. -Ela assentiu.

Ficamos conversando por um tempo, seus olhos fitavam meus lábios à todo instante e eu fazia questão de umedece-los à cada palavra saída da minha boca.

-Eu não estou aguentando mais. -Ela disse se aproximando.

-O que?. -Perguntei franzindo o cenho e senti seus lábios encostarem nos meus.

Minhas mãos foram para sua cintura automaticamente apertando ali e suas mãos entraram pelos fios do meu cabelo puxando-o, meu ponto fraco. Merda.

Ficamos nos beijando por um longo tempo até o ar faltar, nos afastamos e ela soltou um sorriso tocando meus lábios com o indicador.

-Quer sair daqui?. -Ela perguntou olhando nos meus olhos.

Olhei para o lado onde Camila estava e ela sorria sem jeito para o garoto que acariciava seu rosto, ela deu um pequeno desvio me olhando e voltou a olhar para o garoto. Olhei para Keana e soltei um riso.

-Que tal irmos para minha casa?. -Ela assentiu e eu à afastei levantando do banco.

Joguei minha jaqueta no ombro esquerdo e segurei a mão de Keana com a mão direita puxando-à para mais perto e passei por Camila que me fitava, pisquei com um sorriso cínico e saí do estabelecimento encontrando Normani falando no telefone.

-Precisa de carona pra casa?. -Perguntei e ela olhou para minha mão que segurava a de Keana.

-Não, valeu, vou para outro lugar daqui, nos vemos na empresa. -Assenti e ela me puxou. -Usem camisinha. -Soquei seu braço e ela gargalhou.

Levei Keana até meu carro e sorri quando sentei no banco do motorista.

-Sua casa é muito longe?. -Perguntou e eu à olhei.

-Está com pressa?. -Ela mordeu o lábio.

-Quanto mais os minutos passam, menos tempo temos. -Soltei um riso e liguei o carro.

-Temos bastante tempo. -À olhei e acelerei o carro dando a partida.

Essa noite seria bem divertida eu acredito.

Sin ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora