Capítulo VII

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Sorri ao sentir os lábios de Romeo acariciando minhas costas, abri os olhos e fitei o relógio na mesa de cabeceira, 04:39 da manhã.

Com a proximidade da cerimônia e o início das aulas nós só conseguimos nos ver de madrugada, mesmo que somente para dormir abraçado à mim Romeo vem todas as noites.

"Você demorou, o que houve?" Questionei sentindo ele deixar um beijo em meu pescoço.

"Tivemos um pequeno problema em um dos armazéns, mas não é nada com o que deva se preocupar." Seu corpo ficou tenso e franzi a testa notando pela primeira vez que ele estava de camisa. Tentei me virar, mas ele apertou seu domínio sobre meu corpo.

"Por que está de camisa?" Questionei preocupada, Romeo deve ter percebido que eu não iria deixar o assunto morrer e me soltou. Me inclinei para lugar o abajur e me sentei de frente para ele.

"Antes que comece com isso quero deixar claro que parece bem pior do que realmente é..." Meu coração apertou quando ele começou a desabotoar sua camisa e arfei olhando o enorme curativo na lateral de seu corpo.

"Oh meu Deus, o que houve?" Toquei gentilmente próximo ao curativo e ele sorriu.

"Como eu disse, tivemos um pequeno problema em um dos armazéns e calhou de ser o que eu estava. Houve uma troca de tiros, mas o que me acertou foi somente de raspão." Neguei com a cabeça quando Romeo agarrou meu quadril e me puxou para seu colo. "Não quis dizer nada para não te preocupar a troco de nada, estou me sentindo ótimo."

"Você poderia estar morto." Respondi com assombro, eu poderia tê-lo perdido.

Com cuidado afastei o curativo notando a área enrugada em sua lateral, era grande e não parecia nada inofensiva. Nunca ouvi falar de pessoas precisando de pontos por causa de tiros de raspão.

"Isso não se parece com um tiro de raspão." Murmurei olhando para seus olhos.

"Estou bem, pequena. Era exatamente isso que eu queria evitar, são quase cinco da manhã e você tem que ir para o trabalho em breve." Sua voz soou preocupada, como é possível que ele se preocupe comigo tendo sido o único a ser baleado. "Sabe o que fatia com que eu me sentisse ainda melhor?"

Sua mão se enterrou em meu cabelo e me puxou para mais perto.

"Eu tenho uma ideia." Sorri e me inclinei para beijá-lo. Uma verdadeira escola de samba se formou em meu estômago ao sentir seus lábios acariciando os meus lentamente antes de aprofundar o beijo. Suspirei tocando em seu rosto e finalizei o beijo com uma mordida em seu lábio inferior.

Recuei um pouco fitando seus olhos azuis se escurecendo de desejo, sua ereção cutacando minha bunda afastou qualquer resquício de sono. Minhas mãos acariciaram seus ombros, peitoral e pararam em seu abdômen por uns segundos antes de alcançar a cabeça do seu pau que espreitava pelo elástico de sua cueca box.

"Aika..." Sua voz saiu dura em repreensão. Fitei o curativo novamente antes de fitar aquele mar azul.

"O quão dolorido você está?" Romeo riu e negou com a cabeça, abaixou as alças da camisola e começou a brincar com meu seio.

"Eu que deveria lhe fazer essa pergunta." Revirei os olhos para seu sorriso arrogante, noite passada ele resolveu dar um novo significado à palavra selvagem.

Coloquei minha mão dentro de sua cueca e comecei a massageá-lo amando a forma como seu maxilar trancou fazendo suas covinhas aparerecem.

Tentei beijá-lo novamente, mas seu aperto em meu cabelo me impediu de me aproximar.

"Não." Arregalei os olhos para a forma bruta como ele me recusou, fechou os olhos e quando voltou a me fitar eles estavam mais suaves. "Não me provoque, Aika. Você precisa dormir, tem que trabalhar daqui a menos de quatro horas e se bem me lembro vai precisar ficar até bem mais tarde hoje."

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