Capítulo XXVI

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ROMEO

Assim que desembarcamos em Nova York fomos engolidos por problemas, estabeleci como prioridade descobrir os filhos da mãe que colocaram um preço na cabeça da minha mulher e fui direto para a minha boate.

"Estão em alas separadas." Miguel disse ligando as câmeras. Em uma Alessandra estava amarrada em uma cadeira, seu rosto tinham alguns hematomas. "Ela insistiu em se negar a falar até que você chegasse, aquele ali é Nikolai Mantovani. Aleksandr foi morto há pouco mais de duas semanas, parece que ele vinha se encontrando com uma acompanhante de luxo. Encontramos alguns fios de cabelo de Alessandra nos dedos dele, a roupa suja de sangue de um dos homens da Bratva estavam escondidaa em seu apartamento."

Franzi a testa achando tudo isso bem suspeito.

"Qual seria a motivação dela para entrar nisso?" Questionei observando o computador de Théo, nele haviam todas as informações de Aika e estava tudo vinculado ao Capo da Bratva.

"Não podemos discutir com provas, Romeo." Miguel disse tomando um gole de café, seu terno azul marinho estava todo amarrotado e ele parece não saber o que é uma noite de sono há dias.

"Vá para casa, você está um lixo e eu vou precisar de todo o seu cérebro mais tarde." Ele se preparou para discutir, mas não aceitaria desculpas. Era óbvio que a percepção dele estava comprometida e não poderia ter meu Consigliere nesse estado. "É uma ordem."

Assim que ele saiu me preparei para revisar todas as provas ao lado de Théo, havia algo que não batia nessa história. Quanto mais eu olhava mais desconfiado me sentia, tudo estava meticulosamente perfeito. Aquilo não seria um serviço de um Capo e muito menos da chefe de um dos maiores Cartéis da América, Alessandra não seria tão burra ao ponto de produzir tantas provas contra si mesma.

As câmeras mostram Vladimir, o motorista indo uma vez por semana ao mesmo endereço. Uma casa no nome de Mariana Rodríguez, mãe de Alessandra, Théo tinha as gravações e em todas mostrava uma mulher branca de estatura mediana, sempre vestindo sobretudos e com perucas lisas e curtas, seu rosto era um mistério graças aos enormes óculos de sol.

"O Villar era um bastardo filho da puta, o cara matou todos os irmãos para assumir o poder dos negócios e ele pessoalmente treinou a filha. Como alguém assim deixa tantas pontas soltas?" Perguntei a Théo, observando a foto de uma taça de champanhe com o DNA dela e os fios de cabelo nas mãos de Aleksandr. "Eles obviamente fizeram sexo, ela deveria ter dado um fim no corpo ao invés de deixá-lo coberto de provas."

"De acordo com Nikolai haviam explosivos no quarto, ela estava prestes a explodir todo o andar." Assenti, mas ainda me encontrava cheio de dúvidas. "Algo deu errado."

"Ainda assim, por que matar o motorista perto do apartamento e o porquê de não queimar as provas desse segundo assassinato?" Isso era o que mais me incomodava. "É como se ela quisesse ser pega e isso é idiota."

"Ela foi arrogante." Balancei a cabeça, Théo era inegavelmente um gênio da tecnologia, mas não entendia absolutamente nada do trabalho fora de um computador.

Não se chega onde chegamos com arrogância, esses seriam erros de um principiante coisa que Alessandra não é. Tem alguém querendo incriminá-la e irei descobrir quem é.

Observei as provas de que ela estava envolvida no processo contra meu pai. Essas já não eram tão inquestionáveis, estava na hora de termos uma conversinha.

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