Capítulo XIV

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Romeo

Puxei o cabelo irritado por ainda não ter nada concreto, nenhuma maldita pista sobre a testemunha. Théo conseguiu provas de que Alicia nos disse a verdade e juntos estão tentando descobrir quem pode estar por trás disso tudo, infelizmente já se passaram duas semanas e ainda nada.

Felizmente o assunto sobre o clube está se resolvendo, o julgamento será em alguns dias e os detetives estão mantendo sua palavra sobre não divulgar nada que vincule o clube ao meu nome. Em contrapartida Miguel ainda não tem novidades sobre o roubo na sede da empresa e ao que parece não estará de volta tão cedo, graças a isso estou tendo mais trabalho que nunca.

O fato de ter tão pouco tempo com minha morena não ajuda em nada com o meu mau humor, trabalho feito um condenado e quando consigo algumas horas para gostarmos juntos ela está presa em algo sobre o estágio ou com a faculdade.

"Romeo?" Elsa bateu na porta e a abriu.

"Sim?" Questiono levantando os olhos dos papéis espalhados na mesa.

"Tem uma Senhorita aguardando na sala, ela disse que precisa falar urgentemente com você e o jantar está pronto." Sorri e assenti.

"Ela disse como se chama?" Questionei, será que Alicia teve algum problema.

"Senhorita Alessandra Villar." Fiquei tenso e fechei os olhos.

"Obrigado, Elsa, diga para ela vir até o meu escritório por favor." Guardei os documentos e ergui os olhos ao ver Alessandra, seus olhos azuis me encaravam friamente.

"Alessandra, a que devo o desprazer de sua companhia?" Ela riu e se sentou à minha frente.

O que dizer sobre Alessandra e eu? Nós nos odiamos, mas temos um negócio vital juntos. Ela assumiu o cartel do pai e tê-los ao meu lado é importante, eles dominam a América Latina e qualquer droga que venha de lá passa pelas mãos deles.

"Ouch, essa doeu. Sabe, Romeo? Eu tive que desmarcar um almoço importante para estar aqui." Ela abriu a bolsa e jogou algumas fotos na mesa. "Quer me dizer o que significa isso?"

Peguei as imagens, Théo e Alicia conversando com uns membros de gangues aleatórios.

"Não vejo como isso diz respeito à você." Murmurei impassível e Alessabdra deu um sorriso sarcástico.

"Sério? Seu segundo no comando com uma promotora fazendo perguntas aos meus homens não me diz respeito?" Ela riu e olhou para as unhas, em seguida começou a tamborilar os dedos na mesa de madeira. "Não tente armar para mim, Romeo, não vai ser bonito. Eu não sou o meu pai e não devo o mínimo de consideração para sua família, se vocês estão no poder é porque me é benéfico."

Balancei a cabeça e me levantei, Alessandra seguiu meus movimentos com os olhos.

"Isso é uma ameaça? Acredito que esqueceu quem dá as ordens por aqui. Nós temos um acordo, Alessandra, mas se decidir me importunar não vou hesitar em lhe esmagar como um inseto." Me aproximei fazendo questão de ser o mais incisivo possível. "Não queira medir forças comigo, você não vai apreciar nada o resultado. Capisce?"

O som do meu celular invadiu o ambiente e, sem afastar meus olhos dela, o tirei de meu bolso. Não pude deixar de sorrir ao notar o belo rosto da minha morena iluminando a tela.

"Você está dispensada e te aconselho a pensar duas vezes antes de aparecer em minha casa sem ser convidada. Pela amizade de nossos pais vou deixar isso passar, mas posso não ser tão benevolente da próxima vez." Me viro para atender o telefonema de Aika.

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