Capítulo XVII

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Aika


Abri os olhos e toquei os lençóis frios, me sentei assustada por Romeo não estar na cama e ao olhar para o lado o encontrei sentando em uma poltrona.

"Bom dia." Puxei o lençol e foquei nele, seus olhos estavam fundos e sem aquele brilho habitual. "Acordou há muito tempo?"

Ele suspirou e se levantou, um belo terno azul marinho delineava seu corpo. Romeo não era de usar terno, mas quando o fazia chegava a ser injusto principalmente utilizando uma cor que deixava seus olhos ainda mais bonitos. De repente estava bem irritada por ele ir para outro país, onde vai estar cercado de mulheres lindas que seriam capazes de dar um braço apenas para ter uma noite com ele.

"Não muito, estava prestes a te acordar." Ele fitou o relógio em seu pulso. "Temos que sair em dez minutos."

"Okay, vou tomar um banho e me aprontar." Fiz uma careta ao me levantar, parecia que eu havia sido atropelada por um trator.

Me inclinei para dar um selinho em Romeo, mas ele agarrou meu cabelo e aprofundou o beijo.

"Se continuar me tocando assim, não vamos sair daqui." Murmurei tentando me afastar.

"Eu não me importo, você pode tomar banho em casa." Gemi ao sentir seus lábios em meu pescoço. "Eu preciso de você novamente, está muito dolorida?"

"Um pouco." Okay, isso foi uma mentira deslavada. Eu estava toda assada e apenas um mero roçar de minhas pernas doía pra caramba, mas o pensamento de ficar dois dias sem sexo fazia minha cabeça virar.

Antes de Romeo isso era a coisa mais banal do mundo, tenho certeza de que nesses três meses em que estamos juntos tive mais sexo do que nos quase quatro anos de relacionamento com Scott. Não que nós fôssemos incompatíveis ou algo do tipo, meu ex era um amante generoso e sabia me satisfazer muito bem, mas não era nenhuma coisa de outro mundo igual é com Romeo.

"Não minta pra mim, eu fui um bastardo ganancioso com você." Nos beijamos antes dele se afastar. "Vá, eu preciso me afastar antes que acabe perdendo o pouco de controle que me resta."

A contragosto fui até o chuveiro e tomei um banho rápido, eu estava exausta. Quando parei em frente ao espelho arregalei os olhos, havia milhares de marcas de chupão no meu corpo.

"Romeo!!!" Gritei incrédula, eu não acredito que ele fez isso novamente e bem pior que da primeira vez. "Inacreditável."

"Me chamou?" Ele surgiu no banheiro, impassível.

"O que significa isso?" Questionei fazendo sinal para meu corpo.

"São marcas de amor." Bufei e neguei com a cabeça sabendo que nem iria valer a pena discutir, peguei um pouco de base e tentei disfarçar o estrago, mas acho que nem toda a maquiagem do mundo daria jeito.

Soltei meu cabelo e puxei uma escova para desfazer os nós que estavam ali, quando terminei entrei dentro do meu jeans e puxei um suéter rosa. Théo veio nos buscar e juntos levamos Romeo até o aeroporto.

"Tem certeza que não quer ir comigo?" Ele perguntou pela vigésima vez me abraçando apertado.

"Não há nada que eu queira mais no mundo que ir com você, só de pensar que você vai estar no país da moda com todas aquelas italianas lindas e liberais me põe louca." Murmurei agarrando sua camisa, fechei meus olhos e puxei seu rosto pra mim. "Mas querer não é poder, eu tenho que estudar para as provas."

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