O nome

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Depois de ela tacar o prato de sopa na minha cara e dizer que estava ruim, a gente se aproximou um pouquinho ou acho.

Ja se passaram três dias que ela acordou, aos poucos ela está melhorando, mas ainda não falou nada sobre a vida dela e o nome. Hoje ela irá tentar andar pela base, Jonathan disse que se ela ficar dentro de um "quarto", ela nunca irá melhorar.

- Mas eu não estou afim- diz ela batendo o pé e revirando os olhos- não estou querendo sair daqui, eu estou bem, muito bem por sinal.

- Legal, mas não é você que dá as ordens, e sim eu, então comece a me ouvir, você tem que pegar um ar, só iremos dar uma volta e depois vamos comer.

Ela levanta lentamente da cama, fico por perto para ela nao cair ou derrubar alguma coisa, ela começa a dá passos pequenos até o canto do  quarto e calça os seus chinelos.

- Vamos - diz ela se dando por vencida e emburrada.

Dou um sorriso vitorioso e vou pro lado dela pra ela poder se apoiar em mim na nossa caminhada, mas ela me rejeita e sai andando sozinha, complicada!
Me posiciono ao seu lado e continuamos a andar.

- Antes de ir, vamos pegar o Gastón para ele ir dar um passeio também- digo e ela só concorda com a cabeça.

- Ainda bem uma companhia boa- ela diz baixo, mas em um volume que da para ouvir.

- Então você não me acha uma companhia boa ?- paro e olho pra ela.

- Eu não disse nada- ela faz sinal de rendição e continua andando.
.......

Quando chegamos até a área que o Gastón esta, só tive que assovia e vi uma coisa peluda vindo em minha direção, abaixo pensando que ele vem pra cima de mim, mas não... Estava bem enganado, ele pulou em cima dela e começou a lamber.
Pensei que ela ficaria nervosa, por que nenhuma menina gosta de ter baba de cachorro espalhada pelo rosto, mas ela não, ela estava sorrindo, um sorriso verdadeiro, de felicidade.

- Gas... Gastón! Para- ela tenta falar enquanto tem uma gargalhada.

- então chega Gastón- puxo ele de cima dela e ela tenta enxugar o rosto com a manga da camisa.
Encaro ela, assim mesmo desse jeito toda acabada e doente, ela continua com uma beleza meiga.
Ela me encara de volta.

- Por que vc esta me olhando ?- ela fala em um tom curioso e tento desfaçar.

- Você... Esta muito acabada ein, merece dá um jeito nessa cara- digo tentando mentir pra ela, mas vejo que ela ficou bem chateada- estou brincando!- Digo tentando colocar a mão no ombro dela, de modo que posso confortá- la, mas ela se esquiva.

- Ja entendi que estou feia, só vamos continuar andando- ela diz e sai andando.
Mas de repente ela volta e pega a coleira que ia colocar no Gastón, colocou nele e continuou andando.

Fui caminhando atrás deles, só para não atrapalhar a felicidade dela, já que atrapalhei demais.
Eu queria saber mais sobre ela, mas ela está fechada para falar, parede que quer proteger alguém, ela não parece uma mulher daqui, ela é atrevida e orgulhosa, as mulheres daqui nem sonha em fazer isso, se não coitada delas.

- Quando você ira dizer o seu nome ?- digo fazendo-a parar.

- Quando eu confiar em você, então hmmm... Acho que nunca saberá o meu nome- ela pisca pra mim e sai andando, mas ela não consegue andar muito, por que seguro o seu braço.

- Caramba, eu te salvei, e você faz Isso ? Ingratidão na certa- digo olhando para ela.

- Eu.não.pedi.sua.ajuda- ela fala pausadamente e apontando o dedo para mim.

- Para eu poder te ajudar, você tem que me contar, eu sei que vc "não precisa de ajuda"- digo fazendo aspas com a mão- pode confiar em mim- pego em sua mão.

- Se eu te contar, vou acabar correndo mais perigo e você também- separa nossas mãos.

- entendi uma coisa, não tem como você correr mais perigo- digo e sento embaixo de uma árvore, reparei que o Gastón estava correndo sem coleira, queria que ela fosse como ele, livre e feliz.

- Ambar- só reparo agora que ela sentou no meu lado.

- O que ?- olho para ela.
Ela abaixa a cabeça.

- Ambar.... Meu nome é Ambar- ela me olha com o olho cheio d'água.

Nesse momento eu senti que precisava cuidar e proteger ela, que eu não conseguiria mais largar ela, até que ela fique segura.
Puxo ela para os meu braços, no começo ela recua, mas acaba cedendo, ela deita no meu peito, encosto na árvore e fico encarando o céu e ouvindo o seu choro, me da um aperto no coração, uma pessoa forte por fora, mas frágil por dentro, pensando que esta sozinha no mundo.

- Eu sei que você não gosta muito de mim- começo a falar- mas eu quero que você saiba que sempre pode contar comigo para o que precisa, vou te proteger.

- Obrigada- ela diz se levantando e limpando o rosto com a manga da blusa- mas não preciso, sei me virar, só quero voltar pra base, estou cansada ja- ela diz e sai andando, mas vira novamente para mim- nunca mais me abraça daquele jeito, não sou o seu problema- e ela sai andando em disparada.

Que menina estranha!
Assoviei pro Gastón e ele vem em minha direção, começo a andar em direção da base.
Estou conseguindo fazer ela falar, ja me disse o nome, só falta me contar o que aconteceu com ela.
...
Chegamos por volta de 13:40, todos ja tinham comido, então não tinha comida pronta.
- Amélia, a gente vai ter que se virar pra fazer o almoçoz e tipo... Você sabe que minha comida não é boa- ela me olha e me da um sorriso alegre.

- vou cozinhar- ela diz animada- só me da...

- Não mesmo, você esta fraca- não deixo ela terminar de falar.

- Você vai morrer de fome então- ela cruza o braços e me encara séria.

- Beleza então- me rendo- você cozinha, mas só se eu poder te ajudar com as coisas mais complicada- digo e ela concorda com a cabeça- e também, vc não pode comer comida pesada, então manera.

- Tah senhor Lucas sei la o que- ela diz debochando da minha cara- vamos fazer uma comida leve então.

Ela me diz tudo que tenho que pegar pra ela, coloco tudo em cima do balcão improvisado.
Âmbar começa a colocar uns molhos dentro da panela e sempre com um sorriso no rosto.

- Você gosta de cozinhar ?- pergunto-a.

- Sim, minha.- ela engole seco- minha mãe, ela me ensinou as coisas, eu sei que as pessoas falam que mulher é na cozinha, mas no meu caso, eu não sou obrigada, eu gosto de cozinhar- ela diz me olhando.

- Entendi, e onde esta a sua mãe ?- digo.

- Eu não sei- ela diz rapidamente e com o olho cheio d'água.

Melhor deixar ela quieta, não quero levar uma panelada.

- Âmbar, como que não tenho nada pra fazer, vou tomar banho e ja volto- digo e ouço um graças a Deus quando saio.

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Galera, desculpa a demora, mas prometo solenemente que vou postar mais capítulos para recompensa vocês.

Beijo galerinha e boa leitura!

Aaaaa e quero ver comentários de vocês para saber se estão gostando. 😎😘
( Não deu tempo de revisar, desculpa pelos erros ).
E desculpa pelo capítulo pequeno.

Amor Entre A GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora