Capítulo 4

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Olá amigos, desculpe pela demora, infelizmente eu tinha entrado em um daqueles bloqueios mentais de escritores, nada saia da minha cabeça, pensei várias vezes de desistir da história mas pisei firme no chão e decidi que se foi para começar, agora eu vou terminar. Bom espero que estejam gostando da história. E esse na imagem é o nosso Pedro, tenham doces sonhos com ele, até a próxima. 😘

Lara

A momentos em sua vida que você precisa aprender a se impor, quando você cresce, seus pais não vão estar mais lá para falar por você, para te defenderem.
Como uma adulta, era assim que eu me sentia, eu precisa ser uma adulta, ser madura e determinada.
Eu tinha uma missão a ser comprida, e depois de feito, eu seria a primeira fada conhecida a desafiar a gravidade da situação.
Mesmo que minhas mãos suassem como as de um porco, e mesmo que meu corpo tremesse  como uma vara verde, eu iria me sentir confiante, valente, mesmo que naquele momento eu me sentisse como uma covarde.

- Tudo bem, relaxa.

Eu tentava a todo custo me tranquilizar, afinal, não era o fim do mundo ou da minha existência, era só mais um desafio que eu precisava
enfrentar.

- Não seja uma covarde Lara!

Tomando uma respiração profunda, eu levanto minhas mãos e bato meu punho na porta a minha frente.
Eu posso fazer isso, eu posso fazer isso.

Com meu novo mantra era mais fácil respirar, era fácil confiar.
Levanto meu punho novamente e prestes a bater, a porta se abre e um muito grande, muito tatuado, muito forte peito me cumprimenta.
Merda, eu disse peito?
Peito era o eufemismo do ano, não, do século!
Aquele peitoral era marcado, grande e bem confiante.

Santa mãe de todas as fadas onde eu fui me Meter!


Pedro

Fecho meus olhos por uns segundos ou talvez seja por meia hora, não tenho a mínima ideia. Minha cabeça pulsa e tenho uma pequena vontade de botar tudo o que tenho para fora.

Vamos lá Pedro, não seja um covarde.
Abro meus olhos e olho a minha volta, a quem eu estava tentando enganar, eu sou um convarde, um dos piores, por que mesmo que eu tivesse coragem para fazer o que eu mais tinha vontade de fazer, não iria me tornar mais homem, por que mesmo que eu tenta me encorajar nada me impediria de ser o pior dos homens.
Respiro fundo e saindo da minha posição deitado na cama, me sento e boqueio meu celular o jogando de lado.
Eu sabia, eu sempre soube que não ia dar certo, e por mais eu precisasse fazer o certo e terminar tudo, eu não podia, eu miseravelmente não podia.
Eu precisava dela, eu precisava dela, eu precisava tanto dela.
Eu me odiava por precisar dela, mas acima de tudo eu batia nas minhas costas por ser tão forte.
Eu nao podia ter esses momentos de fraqueza, eu precisava ser mais forte, eu precisava ter mais paciência.
Mas era em situação como as de hoje que me faziam fraquejar, que me faziam querer desistir de tudo. Mas eu não podia, porque assim como eu despendia dela, alguém melhor e mais frágil precisava de mim.

Rebeca poderia tentar a todo custo me persuadir, mas tanto quanto me casar com ela seria o "fim" dos meus problemas, também poderia ser o começa.
Não que eu já não tenha sido atraído por ela, porque eu já fui, mas isso foi na época da faculdade, quando minha maior preocupação era não aguentar uma semana de farra e bebedeira e ser motivo de chacota para meus irmão da fraternidade. Naquele época eu não tinha um alguém para cuidar, eu tinha uma vida fácil, uma família e uma namorada bonita e divertida.
Eu não lembro exatamente o momento em que tudo mudou, minha vida foi como um filme, um daqueles que você provavelmente sabe o final, sabe o que vai acontecer do começo ao fim, você pensa que é um filme típico de comédia romântica, mas esquece de ler a descrição e no meio quando você já apertou o botão para pular uma cena que parecia sem importância, você descobre, que e o seu filme de comédia, na verdade, era de suspense, e como todo filme de suspense, ninguém imagina o que vai acontecer.
Eu me sentia como o protagonista, mas agora eu só me sinto como mais um figurante e que o papel principal, era da vida.
Mas não vou mais confundir a cabeça de vocês, vou esclarecer todas as minhas divagações.
Quando eu perdi meus pais em um acidente de carro, eu precisava cuidar da Alicia, mas como nenhum juiz iria permitir que eu tivesse a guarda da minha irmãzinha, por ser muito jovem e desempregado, os pais de Rebeca a adotaram, e como depois a minha namorada tinha ficado rica com a fortuna deixada por seu avô em testamento, e aparentemente mais madura do que eu, foi passada a guarda para Rebeca.
Eis que surgiu a minha oportunidade, se eu me casa-se com ela, a guarda da minha irmã seria minha também.
Estranhamente, ela não parecia se importar do nosso casamento não ser a base de amor, havia confiança e um pouco de carinho de ambas as partes, mas depois do dinheiro, tudo o que eu podia ver, era uma mulher fria e calculista.
A todo custo ela tentava me lembrar que tinha a guarda da minha irmã, e que se casássemos tudo seria mais fácil.

A melhor parte é que eu sabia que era verdade, a pior?
Era que eu não podia quebrar minha promessa aos meus pais, e me casar com alguém que eu não amava!

Eu já sujava a honra de ambos por usa- lo para conseguir minha irmã de volta, mas eu não podia parar de tentar.
Nunca!

Pego meu celular de volta e antes que eu possa o desbloquear alguém bate na porta do meu apartamento como se sua vida dependesse disso.
Preocupado que alguém possa acordar Alicia, me levanto e a encontro já acordada do lado de fora da minha porta.

- Pê, para que todo esse barulho, eu estava dormindo!

Sorrio para ela, e a pego no colo.

- Não sei pequena, deve ser só algum vizinho.

Ali encosta sua cabeça no meu ombro e boceja.

- Mas já não é tarde?

Olho para o horário no meu pulso e noto que sim, Já passa das 23:00.
A sento no sofá e corro para atender à porta antes que a pessoa na porta acorde os vizinhos também!
Mas nada me preparou para o que estava do outro lado.
Com punhos pequenos no ar, cabelo loiro por toda parte, boca aberta e olhos muito grandes e azuis encaravam meu peito nu.
Parada bem ali, estava a mesma menina louca de mais cedo, do quase atropelamento.
O mais engraçado é que ela parecia um personagem de desenhos animados.
O que eu imaginava que ela estava fazendo era bem diferente do ato.

-Há... hum..

Ela balbuciava como uma louca e mexia suas mãos aos seus lado para lá e para cá em uma ato de nervosismo bem sério.
Quando estou pronto para perguntar o que ela precisa, Alicia aparece ao meu lado e não tem problema nenhuma em falar com a estranha.

- Nossa, você é tão bonita!

A estranha parece aliviar, abre um sorriso lindo e se agacha para falar com minha irmã.

- Obrigada, você também é muito bonita.

Alicia cora e ri.
Mas a estranha não era só bonita, ela era linda.
Olhos grande e azuis como duas piscinas.
1,55 de altura.
Pela clara e rosada.
Nariz pequeno e arrebitado.
Cabelos loiros e curtos na altura dos ombros.
E para terminar, corpo firme, com tudo no lugar certo.

Ela não era só bonita.
Ela era de matar.
E bem engraçada também, por que quando eu tive a coragem de abrir a minha boca e perguntar o que ela estava fazendo ali na minha porta, ela simplesmente se levantou, limpou a garganta, levantou sua mão para se apresentar e disse:

- Olá, meu nome é Lara, e eu sou sua fada madrinha!

Sim.
Totalmente hilária!

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⏰ Última atualização: Sep 10, 2017 ⏰

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