Colégio Interno (Vol.3)

|Capítulo 2|

|Ariel|

- A novidade do nosso ano letivo, será a competição de dança. - o treinador de educação física fala.

Olhamos para ele.

- Como vai funcionar? - a Nay pergunta.

- Bem simples, vou dizer serão trinta equipes e toda semana duas serão eliminadas, nos dando assim quinze rodadas. - antecipou.

- Continue. - Alex falou.

- Grupos de dez pessoas e a inscrição será feita a partir de amanhã, com certeza isso contará como nota.

- Quais salas irão participar? - Natan pergunta.

- Os veteranos. - o professor falou.

- E os calouros não irão? - o Natan insistiu.

- Os calouros irão, mas, se sobrar vagas.

- Como assim?

- Sr. Guimarães, o limite de pessoas são dez, mas nem todos farão com dez. - piscou o olhou e Natan assentiu.

O resto da aula foi fazendo exercícios.

[...]

Coloco os livros de trigonometria no armário e o fecho dando de cara com Noah encostado no armário ao lado.

- Precisamos conversar. - falou.

- Sobre o que? O par de chifres que me botou com aquela puta? Prefiro que não. - falei colocando a mochila no ombro.

- Ari...

- Não começa, Noah. - falei irritada. - Já falei que entre nós não tem mais nada nem mesmo uma simples conversa.

E como se não falasse o mesmo idioma que o meu, Noah me arrastou até uma sala vazia e empurrou contra a porta.

Senti minhas costas naquela madeira fria e olhando nos meus olhos, o tom negro dos olhos de Noah.

- Eu acredito em nós. - falou bem próximo a minha boca.

Você não é fraca! É só empurrar ele.

Repeti aquilo como um mantra, mas, não deu muito certo.

Noah me beijou como se dependesse daquilo para viver.

Tentei empurrá-lo mas foi inútil, ele não se movia.

Então não consegui resistir e me rendi ao seu beijo.

Segurei seus cabelos negros e os apertei, empurrei ele contra o quadro branco da sala e ele apertava minha cintura cada vez mais forte.

- O que está havendo? - a secretária baixinha e carrancuda, do diretor, nos olhava com raiva. - O diretor Jones, não vai gostar nada.

- Jones? Mas o...

- Ele é o novo diretor e irá fazer um pronunciamento agora, quer dizer, daqui a pouco graças a vocês.

- Paty, foi só um momento, não queremos problemas, vamos sair daqui agora e você nunca, nunquinha mesmo vai nos encontrar assim. - falei com uma voz carregada de arrependimento.

- Srta. Hill, vou reconsiderar pois não quero trazer novos aborrecimentos para o diretor logo em seu primeiro dia e espero mesmo que essa tenha sido, não sou a primeira como também a última.

Saímos da sala e eu fui tratar de me dirigir ao auditório, quando Noah segurou meu braço.

- Eu vou com você. - falou.

- Me larga, Noah. - falei.

- Para de ser infantil, porra, eu gosto de você, eu fiquei com ela mas foi uma brincadeira, uma noite.