|Ariel|
Olho minha barriga aparente e sorri.
Eu havia viajado, fugido do meu pai.
Mamãe falou que esperaria meu tempo e eu a agradeci por isso.
O Felipe veio comigo estamos a algumas semanas aqui, mas hoje eu precisava voltar.
Coloco um vestido preto solto de modo que disfarçava minha barriga um pouco.
- Vamos?
- Iremos.
Felipe sorri e entrei no carro.
[...]
O Felipe me deixou na frente da casa dos meus pais.
Ele tenta me beijar mas eu viro o rosto.
- O que houve?
- Posso conversar com você depois?
Ele assente e eu saí do carro levando minha bolsa.
Entrei em casa e minha mãe me esperava com o papai.
- Vamos para o escritório. - ela fala.
Papai a olha franzindo o cenho mas não discute.
Andamos até o escritório.
- Bom vou deixar vocês sozinhos.
- Mamãe, por favor não.
Ela me olha.
- Você deve isso ao seu pai, Ariel.
Ela saiu e fechou a porta atrás de si.
- O que aconteceu?
Senti as lágrimas invadirem meu olhar borrando minha visão.
- Papai, eu fiz algo que eu não... que eu não devia.
Meu pai me olha.
- Isso você faz todo dia.
Sorri um pouco mas não consegui aliviar a tensão.
- Só que agora eu fiz algo muito sério.
Meu pai me olha intrigado.
- O que você fez?
Sinto uma lágrima descer.
- Eu fiz um... um bebê.
Meu pai paralisou.
Sinto as lágrimas descendo de maneira incontrolável e prendo o vestido um pouco abaixo do ventre revelando minha barriga saliente.
Ele puxa o ar várias vezes.
Meu pai levanta e anda de um lado para o outro.
- Ariel, posso falar com você depois?
Assenti chorando.
Deixo seu escritório e vou para o meu quarto.
Começo a chorar e pego minhas malas.
Vou até meu closet e começo a joga as peças ainda no cabide dentro da mala.
Choro como criança e escuto batidas na porta.
Vejo meus pais entrando no quarto.
Minha mãe me abraça apertado.
Choro em seus braços.
- Eu amo você. - ela sussurra.
Quando ela me solta vejo o semblante do meu pai.
A decepção está estampada em sua face.
- Me perdoa. - peço.
- O que está fazendo?
- Vou embora.
- Embora?
- Eu sei que não posso mais ficar aqui...
- Está é sua casa, Ariel, você cresceu aqui e não vou fazer isso nunca com você...
- Mas?
- Mas eu preciso de um tempo, Ariel.
- Você está com raiva de mim?
- Decepcionado é a palavra certa.
Baixo minha cabeça.
Escuto os passos dele indo embora.
Olho para minha mãe.
- Ele nunca vai me perdoar?
- Ariel eu vou te contar uma coisa.
Ela se senta na cama comigo.
- Desde que eu descobrir que estava grávida seu pai queria que fosse uma menina. Ele tem três filhos e embora vocês não vejam e eu sei que ele não devia ter preferido, mas a verdade é que você é a preferida do seu pai, a decepção dele é ter apostado tanto em você e você fazer isso. Ele não te colocou no colégio interno para te separar do Eric, ele queria priorizar seus estudos, preservar você. Ariel você não é mais uma criança faz um tempo, você é uma mulher que agora vai ter um filho, e se você não tiver emprego? E se você não conseguir fazer sua vida? Seu pai tentou te ajuda meu amor, eu tentei. O pior medo do seu pai era esse e agora ele não pode fazer mais nada, mas você meu amor, você vai se levantar e tenho certeza de que seu pai nunca vai te condenar ele só está magoado.
Assenti ainda chorando.
- Vou te deixar sozinha.
Assenti e mamãe saiu do quarto.
Olho para meu criado mudo.
É tão fácil... A morte é fácil...
Desvio o olhar do pote de comprimidos quando escuto meu celular.
Atendo.
- Princesa?
- Oi.
- Está tudo bem?
- Não, não está. - funguei.
- Você quer ajuda?
- Eu quero.
Ele desliga.
Em pouco tempo escuto batidas na porta.
Minha mãe ela anuncia Felipe e vai embora.
Felipe entra em meu quarto.
- Precisa de um abraço?
Assenti.
Ele me abraça apertado.
- Dói, Phil.
Ele apenas me aperta.
Oie pudins ❤️❤️ espero que tenham gostado do capítulo.
FELIZ ANO NOVO
Que tudo dê melhor se realize para vocês!!!
Beijão
Candy,😍💋.
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Colégio Interno (Vol.3)
Teen FictionTalvez um dia o amor venha sem machucar, mas com certeza não será hoje. Talvez um dia a mudança possa ser feita de maneira simples e fácil, mas com certeza não será agora.